Fabrizio Gallas: ‘Djokovic busca espantar seu fantasma Kyrgios na final de Wimbledon’

Nadal e sua decisão de desistência

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Como já era esperado, Novak Djokovic garantiu vaga na final de Wimbledon. Sua quarta seguida, 27º triunfo consecutivo no torneio. Buscará o heptacampeonato, seu 21º título de Major no que será a 32ª final. Ele agora é o maior finalista superando os 31 de Federer e Nadal. 

A final será no domingo contra Nick Kyrgios, beneficiado pela desistência de Rafael Nadal. Talvez o único, ou dos únicos fantasmas da carreira do sérvio. Dois jogos e duas vitórias do australiano, sem perder sets.

O retrospecto pode falar um pouco na final. Mas pouco. Final de Grand Slam é outra história e será a primeira do australiano. Se por um lado a experiência joga a favor do sérvio, por outro é sua única chance de vencer um Slam esse ano. Então a pressão pesa também para Djokovic (final do US Open do ano passado pesou demais a tentativa do Grand Slam contra Medvedev).

Agora. Se Kyrgios entrar solto e destemido, como costuma fazer, Djokovic terá muitos problemas e terá que atuar no seu maior nível para sair com o caneco. Qualquer nível de médio para baixo do sérvio não será necessário para levantar o troféu.

Será uma final interessante para saber a reação do público. Os dois são jogadores polêmicos e até se tretaram durante a pandemia (já resolveram a situação e o australiano o apoiou durante o caso do Australian Open). Djokovic é odiado por muitos por suas últimas atitudes e Kyrgios igual, inclusive causando problemas na estreia contra o local Paul Jubb e sendo chamado até de "cretino" por um veículo de imprensa local.

As emoções prometem estar à flor da pele no domingo e não dá para cravar um vencedor.

Sobre a desistência de Nadal, sua 12ª em Slams. Uma pena. Pra muita gente ficou a reclamação de que ele deveria ter dado a chance para Fritz seguir, mas não funciona assim. Para qualquer atleta é inegociável desistir, ainda mais em uma semi de Slam. Só se desiste se não se consegue andar. Para Nadal mais ainda. Só que o risco de entrar na semi para ampliar a lesão somado com a chance de vencer um confiante Kyrgios pesaram na decisão. Talvez se fosse um outro tipo de jogador, Nadal até arriscaria...

Nadal sabe que tem um US Open pela frente e uma chave sem Djokovic pelo caminho.

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