Trinta e sete vitórias seguidas, , cinco meses sem perder. No piso duro três títulos seguidos de WTA 1000 em Doha, Indian Wells e Miami além de mais três no piso de saibro. Iga Swiatek é a número 1 de forma incontestável em uma temporada brilhante.
Mas a quinta-feira foi de Bia Maia que faz uma temporada igual brilhante com maturidade e crescimento rápido.
A vitória dá um peso enorme para a carreira da paulistana. Não foi por acaso. E nem foi em um torneio considerado pequeno da elite. Sim em um evento grande.
Ela vinha com resultados incríveis, em crescimento e tudo se refletiu na quadra hoje. Jogo agressivo, destemido, uma falha aqui, outra ali em break-points, em momentos chave no segundo set, mas o emocional permaneceu, a disciplina tática também. O resultado veio. Em batalha de três horas, mostrando que o físico está em dia.
Se Bia já vinha com o tênis de outro patamar, de uma top 20, top 30, a vitória de hoje alça a brasileira a um degrau mais alto. De que em breve, talvez em poucas semanas, possa atingir o top 10.
O que a brasileira precisa fazer é manter o foco. Às vezes depois de grandes conquistas pode ficar aquela sensação de dever cumprido e a peteca pode cair. Ainda há quartas, semis e final a serem jogadas. E muito por conquistar. E um US Open, que é o principal da gira, batendo na porta. O aprendizado de Wimbledon ficou e a brasileira tem ciência disso.
Curtinhas:
A vitória é a primeira de uma brasileira sobre uma número 1 e primeira desde 2004 quando Guga bateu Roger Federer em Roland Garros que um homem ou uma mulher não derrota um líder do ranking em simples.
Com o triunfo ela será a 21ª do mundo igualando a melhor marca de Thomaz Bellucci. Se for à semi será top 20.