Olá, amigos, tudo ótimo aí nesse feriado prolongado de 7 de setembro? Espero que sim. Desde 1990, quando disputei meu primeiro Mundial de Kart, tenho um orgulho danado de levar as cores do Brasil para as pistas. Quando a gente está fora do nosso país e enfrenta as dificuldades que são naturais para um estrangeiro, o sentimento com a nossa “casa” fica muito mais forte.
E por falar em sentimento forte, estou na Califórnia para disputar, no domingo, em Laguna Seca, a última etapa do NTT IndyCar Series. Para mim, em particular, é um fechamento de campeonato com muito simbolismo, pois representa um novo momento da minha carreira. Não se trata, propriamente, do encerramento de um ciclo e início de outro, mas de uma acumulação de tarefas, nas quais, obviamente, continuarei acelerando. Vou explicar.
Como vocês sabem, a partir do ano que vem não serei mais piloto em tempo integral na Fórmula Indy. Desde que passei a ser um dos donos da Meyer Shank Racing, meses atrás, estava claro para mim que eu seria mais necessário para a equipe exercendo minhas novas funções do que acumulá-las com a pilotagem do #06.
De fato, logo de início percebi que foi a mais acertada das decisões. Por mais que eu ame pilotar carros de corrida, meu foco agora é ajudar no crescimento da Meyer Shank Racing para que ela se torne, de forma consistente, uma equipe que possa voltar a vencer e lutar pelo título.
Enquanto estiver trabalhando fora do cockpit, nossos carros serão pilotados pelo britânico Tom Bomqvist e o sueco Felix Rosenqvist. Falarei mais detalhadamente sobre a nossa nova dupla nas próximas colunas, mas posso garantir que já iniciamos um forte trabalho para entregar a eles os carros muito mais competitivos do que temos atualmente, de modo que possam mostrar o talento enorme que têm de sobra.
Durante todo o calendário de 2024, uma das minhas funções será orientar os “qvist” para que obtenham a mais alta performance possível, mas isso não acontecerá o tempo todo, pois na Indy 500 estarei pilotando o terceiro carro da Meyer Shank Racing.
Mas não é só. Se tivermos a volta da IndyCar ao Brasil, vou querer participar também. Da mesma forma, vou continuar correndo, obviamente, mas isso é assunto para mais tarde.
Por agora, convido-os para ver a corrida de Laguna Seca, que é sempre muito disputada. Anotem aí na agenda: domingo (10), a partir das 15h30 ao vivo na TV Cultura e ESPN/Star+. Abraço a todos e até semana que vem!