Papo com Castroneves: temporada 2023 em contagem regressiva

Piloto brasileiro fala das últimas provas do ano da NTT IndyCar Series

Escrito por

Olá, amigos, tudo bem?

Pois é, depois de vários meses, desde o início do campeonato em março, o NTT IndyCar Series está se encaminhando para o término de sua temporada de 2023. Neste próximo domingo (27), a categoria disputará o Bommarito Automotive Group 500, a 15ª e antepenúltima prova do ano. Serão 260 voltas no oval de Madison, última prova do calendário neste formato de pista. No outro domingo, dia 3 de setembro, vamos correr no misto permanente de Portland, no Oregon. Aí, no domingo seguinte, 10 de setembro, o campeonato terá sua última etapa em Laguna Seca, na California.

+ Qual é o tamanho da fortuna de Lewis Hamilton, piloto da Fórmula 1?

Serão três semanas de trabalho intenso para pilotos, equipes e toda a estrutura da IndyCar que faz acontecer cada uma das 17 corridas do campeonato. Só para vocês terem uma ideia da logística, assim que terminar a prova de Madison, os caminhões da organização, das equipes e o motorhomes cruzarão o país de leste para oeste em direção a Portland. São cerca de 3.500 km. A segunda perna dessa maratona, de Portland a Salinas, onde fica a pista de Laguna Seca, serão mais 1.200 km de estrada, dessa vez descendo pela costa oeste, de norte para sul.

E vejam que estou falando do trajeto comum para organização e equipes. Agora, se a gente for considerar que cada caminhão saiu de um lugar para chegar a Madison e, depois da corrida de Laguna Seca, cada um voltará para seu local de origem, a quilometragem passa a atingir números estratosféricos, mas relativos a apenas três corridas. Calcule o que não roda essa estrutura no campeonato inteiro, né? Acho que isso dá uma ideia do que está envolto em cada corrida do calendário.

+ Cupom LANCEFUT com 10% OFF para os fanáticos por esporte em compras acima de R$299,90

Mas vamos voltar a falar da corrida de Madison, no World Wide Technology Raceway, oval de 2 km por volta. Na verdade, corri pouco nessa pista. De 1998 até aqui, foram apenas sete participações – a deste domingo será a oitava. Isso porque disputei três delas sob a bandeira da CART ou Championship Auto Racing Teams (1998, 1999, 2000). Já em 2002, quando a Penske migrou em definitivo para a Indy Racing League, corremos lá em 2002 e 2003. Aí, quando a pista passou a fazer parte do calendário da IndyCar, em 2017, calhou de ser meu último ano full time na Penske de Fórmula Indy, já que correria os três anos seguintes no IMSA WeatherTech SportsCar Championship. Só voltaria a Madison no ano passado e agora.

Apesar dessa pequena trajetória no estado do Illinois, tenho uma vitória com pole (2003) e dois 2º lugares. O primeiro deles foi quando eu ainda corria pela Hogan Racing, em 1999. O outro foi em 2002. Aliás, sobre essa vitória em 2003, foi um pódio totalmente brasileiro, com o Tony em 2º e o Gil em 3º. Imaginem a bagunça que a gente fez naquele pódio!

Para nós, da Meyer Shank Racing, será outro final de semana de bastante trabalho, em busca dos resultados que ainda teimam em escapar de nossas mãos. O Simon Pagenaud continua ausente, mas podem ficar tranquilos que ele está bem. Não sei exatamente por que os médicos estão o mantendo fora do cockpit, pois ele já teria voltado se dependesse só da vontade dele. Mas certamente os médicos têm seus motivos e o importante é estar totalmente recuperado para voltar com tudo.

A corrida, no domingo, terá largada às 16h30, no horário do Brasil. Como sempre, o fã da IndyCar poderá acompanhar tudo ao vivo pela TV Cultura e ESPN/Star+. Abraço a todos e até semana que vem.

Siga o Lance! no Google News