Olá, amigos, tudo bem? Aqui nos Estados Unidos está um frio danado. Já vocês aí, no meu querido Brasil, estão nesse verão gostoso. Mas também não deve ser fácil porque dia desses li que a sensação térmica no Rio passou dos 50 graus. Que loucura, né?
Bom, depois da minha terceira vitória na Rolex 24 at Daytona, no último dia 30, já virei a “chavinha” e estou trabalhando de olho na abertura do NTT IndyCar Series, no dia 5 de março próximo, naquele lugar que é super gostoso, St. Petersburg. Com esse objetivo, a categoria realizou um teste coletivo no The Thermal Club, em Palm Springs, Califórnia..
Antes de qualquer coisa, preciso falar desse lugar que é sensacional. Trata-se de uma instalação privada de classe mundial, localizada nos arredores de Palm Springs. A área é gigantesca, com aproximadamente 2 milhões de metros quadrados. Para a gente ter uma ideia do que é isso, a área total do Autódromo de Interlagos tem 1 milhão de metros quadrados.
Como clube particular, com várias casas construídas, o The Thermal Club tem tudo o que se pode imaginar em termos de requinte, serviços e lazer. E tem também uma pista de corrida para que os sócios-proprietários possam utilizá-la em momentos de lazer. Mas não é qualquer pistinha, é uma senhora pista, de primeiro nível, que poderia muito bem receber qualquer categoria, caso fosse um local aberto.
Não sei a história toda, mas sei que o Roger Penske conseguiu que todas as equipes de IndyCar fossem para o The Thermal Club realizar o primeiro treino coletivo do ano (depois desses, teremos mais dois). Então, fomos todos treinar durante alguns dias num senhor traçado de quase 5 Km de extensão.
No caso do carro #06 da Meyer Shank Racing, o do Castroneves aqui, foi uma oportunidade sensacional para experimentar diversas coisas. Quando digo “diversas coisas” estou falando de mapeamento do motor, simulação de corrida, os pneus e outros itens sobre os quais não posso falar. Conseguimos identificar alguns problemas e resolvemos lá mesmo.
Além do aspecto técnico utilíssimo, o teste coletivo serviu também para haver entrosamento entre novos membros do time. Para essa temporada, tenho alguns mecânicos novos, assim como engenheiros novos da Honda e Andretti. É muito importante a gente ter condições de se conhecer fora do ambiente de uma corrida, porque o bicho pega num final de semana oficial.
No Open Test é diferente. Todas as atividades são longas, a permanência nos pits é maior por causa das várias alterações que são aplicadas e dá também para conversar bastante. Isso é importante porque são essas pessoas que estarão comigo durante as 17 corridas, de modo que quanto melhor o entrosamento, mais eficiente é o trabalho.
O que posso dizer para vocês é que já temos um acerto muito bom para corrida. Aqueles elementos que atrapalhavam no ano passado foram descobertos e sanados. Nossa meta, agora, é continuar trabalhando para ter um carro melhor no Qualifying. A boa notícia é que teremos ainda um teste antes da primeira prova. Será na semana que vem em Sebring.
Por hoje é isso, pessoal. Muito grato pela atenção de todos e até semana que vem.