Papo com Helio Castroneves: NASCAR? Quem sabe, né?
Piloto brasileiro fala sobre expectativa para a temporada 2023
Primeiro de dezembro de 2022, o ano está acabando, galera! Não sei para vocês, mas para mim tudo está passando muito rápido. Talvez seja porque já estou com a cabeça na temporada de 2023, com inúmeras atividades programadas, afinal, minha primeira corrida, a Rolex 24 at Daytona, será nos dias 28 e 29 de janeiro.
Como já contei aqui, sempre pela Meyer Shank Racing, farei a temporada completa da NTT IndyCar Series e as três provas longas do IMSA WeatherTech SportsCar Championship. Além disso, se o calendário permitir, estarei novamente no campeonato do Tony Stewart, o Camping World SRX Experience, no meio do ano, e mais uma ou outra coisinha.
E Nascar, Castroneves, vai correr na Daytona 500?
Estou ouvindo essa pergunta de tanta gente, inclusive por conta de algumas notícias que estão saindo nos Estados Unidos e também no Brasil, que quero falar um pouco disso aqui. Quem acompanha minha carreira sabe que sempre tive um olhar em direção à NASCAR. Nos tempos da Penske, pedi algumas vezes para o Roger Penske deixar eu andar na equipe dele, mas nunca me deixou. Além disso, recebi alguns convites para correr na NASCAR durante minha estada na Penske, mas não era o momento.
Com tudo o que aconteceu na minha carreira a partir de 2021, as sondagens voltaram com tudo, principalmente depois das minhas atuações no SRX, no ano passado e nesse. Eu sempre fui “viciado” em experimentar carros diferentes e os da NASCAR estão nessa minha lista.
A ideia que surgiu não foi para andar a temporada inteira, principalmente porque estou focado no grande desafio que tenho pela frente, que é ganhar pela quinta vez a Indy 500 e a segunda para o time de Jim Meyer e Mike Shank. Entretanto, por que não uma experiência isolada na Daytona 500?
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Como ela acontece logo depois da 24 Horas de Daytona e antes da abertura do campeonato da IndyCar, obviamente passou a ser uma possibilidade. Seria um desafio enorme fazer essa prova, a de abertura do campeonato, que é a mais icônica do calendário da NASCAR.
Mas vou ser muito honesto com vocês, como sempre tenho sido aqui. De fato, a chance existe. Fui procurado por algumas equipes e a conversa avançou de forma mais conclusiva com três delas, mas nada está fechado. Os motivos são vários, e o financeiro não é um deles. A coisa pega mais para o lado da estrutura que precisa ser disponibilizada para que eu possa fazer essa corrida.
Resumindo: existe a possibilidade de disputar, no dia 19 de fevereiro, a Daytona 500, mas a coisa estaria hoje, digamos, em 50% de possibilidade. Se der certo, vocês serão os primeiros a saber. Talvez até pelo entusiasmo para me ver da Daytona 500, tem gente falando que já está tudo certo. Até entendo a ansiedade, mas há alguns “ingredientes” desta receita que precisam ser acertados.
É isso, amigos. Na semana que vem, vou testar novamente o Acura ARX-06 da Meyer Shank Racing, mas sobre isso falaremos mais para a frente.
Forte abraço!