Papo com Helio Castroneves: Nosso desafio por melhor performance continua

Piloto conta mais detalhes do GP de Detroit e projeta próximas etapas

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Olá, amigos, tudo bem? Depois de quatro finais de semana consecutivos de atividades de pista no NTT IndyCar Series, notadamente no Indianapolis Motor Speedway, neste sábado e domingo (10 e 11) não tenho treinos ou corridas. Nosso próximo compromisso está agendado para o outro final de semana, com a retomada do campeonato em Road America. Mas, apesar de ser um período bem-vindo, o máximo que a gente consegue fazer nesses dias é excluir a rotina de pista, pois temos muito o que fazer na sede da Meyer Shank Racing, em Ohio, e no cumprimento da agenda com patrocinadores.

A prova do domingo passado, que marcou a volta do centro de Detroit ao calendário da IndyCar, foi de muito trabalho e de descobertas. Foi muito importante para a categoria participar desse importante esforço para revitalizar a capital mundial do automóvel e fiquei muito feliz em ver o resultado dessa empreitada. A presença do público foi enorme, as atrações foram muitas e acredito que todos saíram satisfeitos do Chevrolet Grand Prix of Detroit.

Mas como quase sempre acontece num circuito de rua novo, há melhorias que precisam ser feitas para o próximo ano. A grande reta de mais de 1 km é genial, mas carece de um piso menos ondulado, principalmente na freada ao final desse trecho. Agora é trabalhar para minimizar essa situação para que, no ano que vem, a corrida seja melhor ainda. Por outro lado, o pit duplo, com carros dos dois lados, era uma preocupação, mas funcionou muito bem.

Em se tratando de um traçado novo, com tantas variantes desconhecidas, seria necessário praticamente começar do zero em termos de acerto. Basicamente, foi o que fizemos, mas considerando uma ou outra experiência que trouxemos do Indianapolis GP, referente ao equilíbrio. Trocando em miúdos, trabalhar a suspensão tem a ver com endurecer ou amolecer as molas, e o resultado não foi ruim. Nossa estratégia foi economizar combustível o tempo todo, o que permitiu um ganho de performance muito interessante, à medida que o carro diminuía de peso e os pneus atingiam boa temperatura. E era um faixa específica, mas que durava mais tempo por causa de nossa estratégia de diminuir consumo. Na hora de trocar pneus e reabastecer, o desempenho piorava com mais peso e os pneus frios.

Descobrir o motivo desse comportamento tem sido o grande desafio da equipe nesses dias. O carro está passando por uma revisão completa e a esperança é a de que, na retomada do calendário, tenhamos novamente encontrado o caminho do melhor equilíbrio e maior velocidade. Confesso que estou ansioso por isso, pois já esgotei a dose de problemas nesse primeiro terço do campeonato.

É isso, amigos. Forte abraço a todos e até semana que vem.

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