Papo com Helio Castroneves: o que já é bom, sempre pode ficar melhor ainda

Piloto brasileiro fala sobre os preparativos para a abertura da temporada da IndyCar

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Oi, amigos, tudo bom? Espero que todos estejam animados com o Carnaval, seja para se divertir ou descansar. O importante é que o feriado prolongado seja muito bem aproveitado por todos. No meu caso, apesar de gostar muito dessa deliciosa festa popular, vou trabalhar, aliás, como tem acontecido nos últimos anos.

Tradicionalmente, o Carnaval coincide com os preparativos para a abertura da temporada da IndyCar e às vésperas da “12 horas de Sebring”. Então, o negócio é acelerar porque tem muita corrida pela frente e cada milésimo de segundo importa – e como importa!

Por tudo isso e muito mais, às vezes, a “chavinha” muda freneticamente de uma posição a outra, na velocidade de um bom pit-stop. Não é difícil de acontecer, num mesmo dia, eu ter de tratar, quase ao mesmo tempo, de assuntos de IndyCar e de IMSA, onde começamos o ano muito bem.

E por falar em começar muito bem, vocês viram como a Meyer Shank Racing começou com tudo a temporada 2023 do IMSA WeatherTech SportsCar Championship, vencendo a Rolex 24 at Daytona. Mesmo assim, passamos quarta e quinta-feira (15 e 16) agora, em Sebring, testando o nosso Acura ARX-06 GTP #60 da Meyer Shank Racing (MSR).

Mas aí alguém pode perguntar:

- Mas, Castroneves, por que testar se a MSR está dominando?

De fato, a equipe do Jim Meyer e Mike Shank está muito bem na fita. Foi campeã no ano passado, faturou a segunda Daytona consecutiva (no meu caso foi caso, foi a terceira consecutiva, pois a primeira, em 2021, foi pela Wayne Taylor Racing) e já é forte candidata ao primeiro título desta nova era dos protótipos, que a Grand Touring Prototype. (GTP).

Apesar de tudo isso, a resposta a essa pergunta é bem simples. Como tenho explicado, estamos vivendo um momento de muitas transformações nos protótipos. Isso significa dizer que todos estão trabalhando, independentemente da marca, para melhorar a performance.

Se ficarmos parados, achando que está tudo no papo, é enorme o risco de os outros evoluírem e nós ficarmos para trás. É por isso que não podemos parar. Mesmo liderando a pontuação após a vitória incrível no dia 30 de janeiro, temos de continuar trabalhando forte.

No teste desta semana, especificamente, testamos alguns conceitos de engenharia para melhor adaptação ao exigente traçado de Sebring. E como será a primeira corrida dos GTPs nesse circuito, no dia 18 de março próximo, é importante chegar para a corrida com algumas alternativas testadas e aprovadas. No geral, nosso carro está bem rápido e muito competitivo, mas os outros também estão evoluindo.

É claro que a gente não sabe o quanto representará, em ganho de performance, essa evolução dos concorrentes. Pensando bem, nem queremos saber. O negócio é chegar em Sebring como terminamos em Daytona, ou seja, andando na frente. Quer dizer, mesmo vencendo, o trabalho de desenvolvimento não termina, afinal, a rapadura é doce, mas não é mole, não.

É isso aí, amigos! Feliz Carnaval para todos e até semana que vem!

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