Oi, pessoal, tudo bem?
Para alguns, os feriados de final do ano já começaram, mas também tem muita gente que vai trabalhar duro o tempo todo, então, vamos que vamos porque tem muita coisa ainda para acontecer em 2023, mesmo que com os olhos no futuro.
E por falar em futuro, na minha recente viagem ao Brasil, em meados de novembro, tive a oportunidade de conhecer algumas novidades sobre o automobilismo brasileiro, que me deixaram muito entusiasmado.
Como vocês sabem, sou um entusiasta da categoria Stock Car, até por razões afetivas. Meu pai, seu Helio, era dono de equipe justamente de Stock Car nos anos 70/80. Levado por ele, eu tinha de entrar escondido nos boxes, no porta-malas do Chevrolet Opala do meu pai.
Aliás, vou abrir parênteses para contar uma historinha. Meu pai sempre teve Opala da cor preta. Ano após ano, ele trocava por uma versão mais nova, mas sempre com a mesma cor. Naquele “sedanzão” de quatro portas, nem faço ideia das vezes em que eu percorri o trajeto entre Ribeirão Preto e os kartódromos, principalmente o de Interlagos, que hoje se chama Ayrton Senna. O Opala preto era, por assim dizer, um membro da família. Só que num ano, que não lembro qual, meu pai resolveu pegar um Opala do ano, mas prata. “Pai, não troca, pai, o Opala preto dá sorte!”. E não é que o motorista da concessionária bateu o carro prata quando foi levar lá pra casa? “Tá vendo, pai, eu te disse, eu te disse!”. Por causa disso, meu pai desistiu na hora de trocar a cor e pegou um outro Opala zero km, mas preto. Fecha parênteses.
O meu grande professor das pistas, o tio Alfredo Guaraná Menezes – que saudade! – era piloto da equipe Corpal de Stock Car, que levava esse nome por causa da empresa que meu pai tinha na época, lá em Ribeirão Preto.
Já como piloto da IndyCar, participei como convidado da Shell de provas da Stock Car e nunca escondi minha admiração pela categoria e o meu desejo de um dia, quem sabe, voltar a correr no Brasil na agora Stock Car Pro. Tem um monte de “veio” na categoria fazendo sucesso, então, pode ser bem divertido para mim no futuro.
Para reforçar minhas relações carinhosas e positivas com a Stock Car (mesmo aquele acidente em Ribeirão Preto pode ser considerado positivo, pois poderia ter me machucado feio ali, o que felizmente não aconteceu, tanto que no domingo seguinte estava correndo na Indy nos Estados Unidos), tive um encontro dos mais agradáveis com o Lincoln Oliveira. Ele é pai dos pilotos Enzo e Gabriel Bortoleto, se bem que o Enzo não está pilotando, pois está à frente de grande negócios envolvendo a categoria. Mais do que isso, o Lincoln comanda um grupo que é dono da Vicar, da Stock Car (e diversas outras categorias), de uma empresa de altíssima tecnologia de motorsport e mais outros negócios.
O que me deixou com água na boca foi conhecer o plano da nova Stock Car, que vai estrear em 2025. Prometi não contar e fiquei bem quietinho. Nem para o meu pessoal eu contei, tanto que na apresentação oficial feita na quinta, 14, em Interlagos, tinha gente da minha equipe e só lá ficaram sabendo das novidades.
É tanta tecnologia de ponta, são tantas empresas de primeiríssima linha envolvidas, é tão gigantesco o plano marketing que, junto com outras coisas, sem dúvida será uma revolução no automobilismo brasileiro.
Adorei essa ideia de colocar os SUV nas pista. O crescimento desse segmento é gigantesco e percebo isso nos meus negócios de concessionárias aqui nos Estados Unidos. É gigantesca a preferência pelos Sport Utility Vehicles (Veículos Utilitários Esportivos). De cada 10 carros novos vendidos, sete são SUV.
Realmente, o Lincoln me deixou muito entusiasmado e feliz que os rumos da Stock Car. Como meu tempo agora está mais curto como dono de equipe, os dias precisariam ter mais de 24 horas para acomodar os compromissos. Entretanto, quem sabe eu não encontre uma maneira de, no futuro, fazer parte da Stock Car do futuro, né?
É isso, amigos. Vou ficando por aqui, mas volto antes do Natal. Até lá.