Jogando para mais de 82 mil espectadores no MetLife Stadium, em Nova Jersey (EUA), o Chile conquistou o título da Copa América Centenário. Na noite deste domingo, os chilenos venceram a Argentina nos pênaltis por 4 a 2 após empate sem gols no tempo regulamentar e faturaram o bicampeonato. Messi isolou sua cobrança e Silva marcou o último gol para desespero do camisa 10.
Sem título desde 1993, a Argentina segue com o jejum de 23 anos sem levantar uma taça com a seleção principal. Assim como em 2015, Higuaín desperdiçou chance incrível. Messi e Biglia perderam seus pênaltis. Os chilenos levaram a melhor nas penalidades e frustraram desejo argentino de encerrar a seca de conquistas. Eduardo Vargas marcou seis gols na Copa América Centenário e foi o artilheiro da competição. Lionel Messi, com cinco, ficou em segundo.
PRIMEIRA ETAPA QUENTE COM EXPULSÕES
Os argentinos começaram a partida com tudo e antes dos trinta segundos da primeira etapa já tinham assustado com Banega em chute de fora da área. A decisão teve um início bem disputado, com muitas faltas e as duas equipes marcando forte. Messi até tentou em cobrança de falta, mas parou nas mãos de Claudio Bravo.
Aos 20 minutos, a Argentina perdeu uma chance incrível com Higuaín. Atacante aproveitou falha de Medel, ficou cara a cara com Bravo, mas mandou para a fora. O camisa 9, mais uma vez, ficará marcado com a fama de perder lances capitais em decisões com a seleção. Pouco tempo depois, foi a vez de Otamendi levar perigo. Os hermanos mandavam no jogo, enquanto o Chile encontrava dificuldades para desenvolver o seu jogo.
A situação dos chilenos piorou aos 27 minutos com a expulsão de Díaz. O camisa 21 parou Messi com falta e levou o segundo amarelo ainda na primeira etapa, lance que gerou reclamações dos chilenos. Antes do apito final, Marcos Rojo também recebeu vermelho após forte entrada em cima de Vidal. Bastante questionado, o árbitro brasileiro Héber Roberto Lopes teve dificuldades para ter o controle da partida na etapa inicial e irritou as duas seleções.
ASSIM COMO EM 2015, EMPATE SEM GOLS NO TEMPO NORMAL
No segundo tempo de partida, o Chile voltou equilibrando mais a posse de bola e conseguiu assustar Romero ainda no começo, com Vargas. Isla também tentou em bela finalização de fora da área, porém a bola saiu raspando a trave dos argentinos. Messi encontrava muitas dificuldades para sair da marcação de Vidal, que era implacável.
Ritmo era inferior ao da primeira etapa, com as duas seleções chegando bem até a intermediária de ataque, mas com pouco capricho na hora do último passe. Sistemas defensivos conseguiam afastar todas as jogadas de perigo. Aos 34, Sánchez deu lindo lançamento para Vargas invadir e bater cruzado, Romero caiu bem e espalmou o chute do chileno.
Agüero entrou no lugar de Higuaín e quase marcou para os hermanos na reta final de partida. Atacante driblou o seu marcador, bateu forte, mas a bola subiu demais. No fim, Sánchez e Messi tiveram chances de marcar o gol do título, mas pecaram na hora de finalizar. Assim como na edição de 2015, o placar no tempo regulamentar foi de 0 a 0.
PRORROGAÇÃO COM FORTES EMOÇÕES
O duelo seguia pegado assim como no tempo normal e defesas eram eficientes. Agüero esteve perto de marcar, mas foi travado. O Chile respondeu com Vargas, porém Romero se esticou todo para pegar a cabeçada do atacante. Aos nove foi a vez de Bravo salvar após Agüero mandar de cabeça, bola ainda bateu no travessão. Nos últimos 15 minutos de bola rolando, os hermanos pressionaram, mas os chilenos se defenderam bem e a decisão foi para os pênaltis.
NOS PÊNALTIS, MESSI ISOLA E CHILE FATURA O BI
Os chilenos foram melhores nas penalidades e conseguiram ficar com a taça. Messi isolou sua cobrança, Bravo defendeu a de Biglia e coube a Silva marcar o último gol para garantir o bicampeonato para o Chile. Festa dos chilenos!
FICHA TÉCNICA
ARGENTINA (2) 0 x 0 (4) CHILE
Data-Hora: 26/06/16 - 21h (de Brasília)
Estádio: MetLife Stadium, em Nova Jersey (EUA)
Árbitro: Héber Roberto Lopes (BRA)
Assistentes: Kleber Gil (BRA) e Bruno Boschilia (BRA)
Cartões amarelos: Mascherano, Messi e Kranevitter (ARG); Díaz (2), Vidal, Beausejour e Aránguiz (CHI)
Cartão vermelho: Díaz (CHI); Marcos Rojo (ARG)
Gol: Não Houve
ARGENTINA: Sergio Romero; Mercado, Otamendi, Funes Mori e Marcos Rojo; Mascherano, Banega (Lamela, 5'/2ºP) e Biglia; Di María (Kranevitter, 11'/2ºT), Higuaín (Agüero, 24'/2ºT) e Messi. TEC: Gerardo Martino.
CHILE: Claudio Bravo; Isla, Medel, Gonzalo Raja e Beausejour; Aránguiz, Díaz e Vidal; Fuenzalida (Edson Puch, 35'/2ºT), Vargas (Nicolás Castillo, 3'/2ºP) e Alexis Sánchez (Francisco Silva, 12'/1ºP). TEC: Juan Antonio Pizzi.