Marketing ilegal na Copa-14 já teve 100 ações brecadas no Brasil pela Fifa
Em mesa redonda realizada com representantes de alguns veículos de imprensa do Brasil e da Europa, Thierry Weil, diretor de marketing da Fifa, disse que a entidade já verificou no Brasil cerca de 100 casos de violações comerciais das marcas pertencentes à entidade, tais como logo da Copa, imagem do troféu e da mascote.
Weil disse que todos os casos de uso não autorizado das imagens foram resolvidos apenas com um contato, visto que muitos comerciantes e fabricantes desconhecem a rígida política de proteção às marcas e aos patrocinadores da Fifa. Ele usou o exemplo de um pequeno fabricante de bala de côco que usou indevidamente em seu produto a logomarca da Copa para ilustrar a situação verificada até agora.
O diretor, contudo, revelou que a maior preocupação de sua equipe é coibir ações de marketing de emboscada de grandes corporações que não sejam parceiras do evento. Para isso, ele disse que equipes da Fifa estarão dentro dos estádios e agindo dentro de perímetro de exclusividade comercial. Na Copa de 2010, uma cervejaria holandesa usou dezenas de torcedoras vestidas com sua marca estampada em camisetas para ganharem publicidade gratuita nas transmissões das partidas.
- É a mesma coisa que você comprar uma vaga em um estacionamento e uma outra pessoa estacionar seu carro naquele lugar. Estamos apenas protegendo nossos parceiros comerciais - comparou Weil, que acrescentou que ações de empresas concorrentes às patrocinadoras da Copa serão alvo de monitoramento intenso.
Ele disse ainda que os estabelecimentos situados ao redor dos estádios não estarão proibidos de funcionar, mas ressaltou que os mesmos não podem utilizar o evento para promoções que façam associação direta ao evento.
- O que a Fifa quer é garantir os direitos comerciais do torneio. Cabe ao país a forma que eles vão garantir isso. Nós não temos poder de polícia - disse.
Ingressos
No mesmo evento, Weil demosntrou preocupação com o baixo índice de retiradas de ingressos para a Copa das Confederações. O foco maior de seu temor está no Rio de Janeiro, palco da final do torneio.
Na cidade, ainda há 29 mil ingressos para serem retirados para o evento, e 21 mil são pertencentes a torcedores cariocas.
Weil disse que os Centros de Ingressos vão funcionar até que o último torcedor presente esteja na fila.