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‘Processo de uso árbitro de vídeo ainda engatinha na Copa das Confederações’, dizem ex-árbitros

Comentaristas apontam que faltam ajustes para VAR funcionar bem em partidas, e alertam para mudança de comportamento de assistentes: 'Na dúvida, não marcam impedimento' 

Na estreia do Chile, Vargas comemorou gol contra Camarões. Mas, com uso da tecnologia, árbitro Damir Skomina (ESL) anulou
Yuri KADOBNOV / AFP

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Os primeiros passos do uso de árbitro de vídeo em uma Copa das Confederações vem marcando a primeira fase da edição de 2017. Após jogos serem marcados por conceitos revistos e muita polêmica, a entrada da tecnologia é vista com cautela por ex-árbitros. 

Comentarista da Rede Globo, Leonardo Gaciba reconheceu uma leve evolução no recurso. Porém, crê que ainda é muito cedo para utilizá-lo em uma competição de alto nível, como uma Copa do Mundo: 

- Tem de deixar bem claro que é um experimento, e esta Copa das Confederações comprovou que o uso de árbitro de vídeo ainda engatinha no futebol. Há uma leve melhora em relação ao Mundial de Clubes, mas faltam ajustes. Caso este recurso esteja na Copa de 2018, há um risco de a Fifa atropelar o processo, e corre o risco de perder um projeto interessante para salvar árbitros de erros desastrosos - afirmou, ao LANCE!

O ex-árbitro viu com ressalvas algumas mudanças de conduta nas arbitragens durante a primeira fase da Copa das Confederações:

- A impressão é de que. devido à retaguarda do vídeo, as arbitragens ficaram robotizadas, perderam a velocidade de raciocínio, de enxergar o jogo. Assistentes deixam de marcar lances banais ou impedimentos e, o que é pior, vêm acontecendo erros básicos de árbitros na Copa das Confederações. Não podem árbitro de Libertadores, como Wilmar Roldan, expulsar errado um jogador em uma partida!

O ex-árbitro Sálvio Spinola também reconhece que faltam ajustes no uso da tecnologia. No entanto, exalta o uso do vídeo para ajudar os árbitros em campo: 

- Há melhoras no uso de árbitro de vídeo. Embora o recurso ainda não seja suficiente para resolver todos os problemas de arbitragem, é inegável que o vídeo legitima muito mais e corrige falhas do ser humano. Agora, ficou claro que faltam ajustes, como a Fifa tem dado prioridade - destacou, ao LANCE!.

Aos olhos do comentarista da ESPN, o recurso dá margem para novidades no apito:

- Houve uma mudança de comportamento na arbitragem. Na dúvida, os assistentes costumavam marcar impedimento. Porém, agora, vêm deixando o lance seguir e, caso haja irregularidade, o vídeo vai corrigir. Este novo cenário é válido, porque dá margem para ocorrerem mais gols nas partidas.

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