A expectativa para a decisão da Copa do Brasil é gigante nos bastidores de Internacional e Athletico-PR antes do jogo desta quarta-feira. Mas além do clima de ansiedade na concentração dos finalistas, a sensação atinge também nomes que fizeram história pelos clubes no passado. Caíco, campeão em 1992 pelo Colorado, e Alex Mineiro, nome marcante na conquista do Brasileirão de 2001 pelo Furacão, não veem a hora da bola rolar no gramado do Beira-Rio.
Um dos ídolos da torcida do Athletico, Alex tem uma relação de amor e gratidão com o Rubro-Negro. A primeira grande oportunidade no futebol nacional com direito a conquista do Campeonato Brasileiro pelo Furacão e o total de três passagens pelo clube paranaense construíram uma história repleta de carinho. Na véspera da decisão, a confiança pelo título inédito é grande e, quando o assunto é a torcida, difícil mesmo é definir a proporção.
- Tenho uma gratidão muito grande por tudo que fizeram por mim. Tanto o clube, que me projetou pro cenário nacional, como pela torcida que sempre me tratou com todo carinho. Foi o clube que me deu a oportunidade de aparecer no cenário nacional, que criei um amor muito grande. A torcida é muito grande e na final de amanhã não será diferente - disse Alex, que aproveitou para ressaltar o bom momento estrutural vivido pelo clube.
- Vejo um momento espetacular do Athletico, que vem desde a construção da Arena, com um CT de primeira linha, até os dias de hoje no gramado. É uma oportunidade muito boa de conquistar o título da Copa do Brasil pela primeira vez. Eu acho que o Athletico tem tudo para fazer um grande jogo e levar essa taça. A vantagem, mesmo sendo de um gol de diferença, é muito boa - acrescentou.
Pelo lado do Inter, um dos heróis do título da mesma Copa do Brasil em 1992. Hoje integrante da comissão técnica de Odair Hellman, Caíco divide os trabalhos à beira de campo com a paixão de torcedor pelo Colorado. A menos de 24 horas para a decisão, o filme que passa na cabeça do ex-jogador é justamente relembrando a marcante conquista de 27 anos atrás e, por incrível que pareça, com bastante semelhanças.
- A gente espera o título. Em 1992, relembrando o que eu vivi, voltamos para o Beira-Rio também com uma desvantagem na decisão e conseguimos uma boa vitória. Amanhã não será diferente na tentativa de reverter isso. Vejo diversas semelhanças também na característica do plantel que temos. Uma equipe que luta até o final igual aquela de 92. Temos jogadores de grande referência técnica como o D'Alessandro e o Guerrero e, naquela época, o Gerson e o Marquinhos. Sabemos que são outros tempos, mas estamos confiantes por uma grande partida para conquistar mais essa taça - analisou.
E assim como o 'rival' Alex Mineiro, Caíco não esconde o caso de amor com o Inter. Na comissão técnica do clube desde 2017, o ex-meia define a relação com o Colorado como grande parte de sua história pessoal. Motivo para torcer ainda mais à beira do campo onde sempre foi muito feliz.
- O Inter está na minha vida desde criança. Fui torcedor, atleta da categoria de base, jogador profissional conquistando a Copa do Brasil e o Campeonato Gaúcho, e hoje estou aqui trabalhando com a comissão técnica. É grande parte da minha vida e eu espero poder contribuir de alguma forma para mais um título. Falar do Inter pra mim é falar de uma relação muito especial, de amor mesmo - concluiu Caíco.
A partida decisiva entre Inter e Athletico acontece às 21h30 desta quarta-feira, no Beira-Rio. Com ingressos esgotados, os donos da casa precisam de uma vitória por dois gols de diferença para garantir o título. Em caso de garantir o resultado positivo por 1 a 0, assim como o rival no jogo de ida, a decisão vai para os pênaltis.