De um lado, o Cruzeiro, um time que aposta na continuidade de Mano Menezes, o mais longevo entre os treinadores dos clubes da Série A - está no cargo desde 26 de julho de 2016 -, um dos elencos mais fortes do futebol brasileiro e que pouco sofreu nas últimas janelas de transferências. Do outro, o Corinthians, o time mais vitorioso do país na última década, mas que passou este ano por duas trocas de técnico e vive em situação de fragilidade financeira, fazendo malabarismos para arcar com a salgada e intermitente conta de seu estádio, tendo que vender vários titulares por valores modestos. É com retratos tão distintos que as duas equipes entram no Mineirão na noite de hoje, para a partida de ida da final da Copa do Brasil, o torneio que justamente permite um lugar no céu a clubes em situações completamente opostas. O mata-mata é muitas vezes a realidade possível para um grande clube na temporada, tornando-se prioridade a partir do momento em que o Campeonato Brasileiro se torna uma miragem e resta apenas a matemática para evitar qualquer risco de rebaixamento. Neste ano, por motivos distintos, Cruzeiro e Corinthians miraram a Copa do Brasil como o pote de ouro no fim do arco-íris. Se a Raposa tecnicamente entra na decisão como favorita, o Timão tem o retrospecto recente, que incluiu a eliminação do Flamengo nas semifinais, como um indicativo claro de que o título por ser alcançado mesmo que falta qualidade com a bola nos pés. Em comum, dois times que devem privilegiar o sistema defensivo até terem a convicção e os sinais necessários para construir a vitória. A Copa do Brasil é especialista em pregar peças. Jair ventura e Mano Menezes estão prontos para uma partida de xadrez que vale mais R$ 50 milhões para os cofres do campeão.
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