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Lanterna do ranking da CBF garante vaga na Copa do Brasil

Vice-campeão da Copa Paulista, Votuporanguense retorna ao calendário nacional após cinco temporadas

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imagem cameraVotuporanguense conquistou a Série A3 do Paulistão em 2024 (Foto: Arquivo Pessoal)
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Vitor Coelho Palhares
São Paulo (SP)
Dia 24/10/2024
04:15
Atualizado em 24/10/2024
12:04

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Empatado em pontos na última colocação do ranking de clubes da CBF (238º lugar), o Votuporanguense fez história em 2024 e garantiu vaga na próxima edição da Copa do Brasil.

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No início do mês, o CAV foi derrotado pelo Monte Azul, nos pênaltis, e terminou como vice-campeão da Copa Paulista. Com a escolha do adversário em disputar a Série D do Brasileirão, a Pantera ficou com a vaga na Copa do Brasil e retornou ao calendário nacional após cinco temporadas.

Mesmo com a decepção de ver a conquista fugir de maneira melancólica, o presidente Edilberto Fiorentino, conhecido como Caskinha, celebrou as façanhas conquistadas na temporada. Em maio, o clube sagrou-se campeão da Série A3 do Paulistão, sob os olhares de mais de 6 mil torcedores, e deu outro passo rumo à afirmação do projeto esportivo.

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Em contato com a reportagem do Lance!, Caskinha deu detalhes das finanças, explicou o planejamento financeiro, incluindo a participação na Copa do Brasil, e revelou seu maior objetivo como presidente do CAV.

Finanças do Votuporanguense

Clube empresa, o Votuporanguense é administrado por dois sócios, que auxiliam no pagamento de aproximadamente dois terços dos vencimentos mensais do clube. O restante é arrecadado via patrocínio, principalmente de empresas da região.

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- Hoje o caixa fecha com 33% de patrocínio, que o pessoal (dirigentes do clube) vai atrás, muitas empresas da cidade ajudam, inclusive. O restante, sai do bolso dos donos - disse Caskinha.

Apesar de não deter o poder de escolha após o vice na Copa Paulista, o Votuporanguense estava preparado financeiramente para encarar o calendário da Série D. Do time campeão da Série A3 Paulista, seis jogadores deixaram o elenco - sendo apenas um deles considerado titular na visão do presidente.

- Os aportes financeiros são feitos pelos donos. O clube é um clube empresa. Sem dívida trabalhista, paga em dia. Não pagamos os melhores salários, mas é um clube que se combinou que pagaríamos tudo em dia - explicou.

Elenco da Votuporanguense, que disputará a Copa do Brasil de 2025
Elenco, diretoria e comissão técnica da Copa Paulista, com colaboradores do Votuporanguense (Foto: Arquivo Pessoal)

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Planejamento para a Copa do Brasil

Na primeira (e última) vez que disputou a competição, em 2019, o CAV foi eliminado pelo Ypiranga-RS. Os rivais detinham a vantagem do empate e venceram por 1 a 0, em duelo disputado na Arena Plínio Marin, em Votuporanga.

O planejamento para essa temporada, por sua vez, é claro: avançar à segunda fase da competição.

- Vamos trabalhar para passar da primeira fase da Copa do Brasil, é o objetivo. Jogar uma segunda fase seria ótimo para as finanças do clube. Mas disputar uma (eventual terceira fase) seria maravilhoso, um sonho pra gente - comentou Caskinha.

Classificado para a próxima edição, o Votuporanguense ainda não conheceu seu adversário na Copa do Brasil. O sorteio dos confrontos será realizado pela CBF, em uma data ainda não divulgada.

Famosa pelas premiações milionárias, as fases iniciais da competição não são tão vantajosas para equipes como o CAV, que correm o risco de serem eliminados na primeira partida. De acordo com Caskinha, o calendário da Série D dá maior estabilidade financeira - pelo menos na temporada 2025.

- Antigamente, a CBF não pagava nem cota para os times da Série D. Hoje, ela paga uma cota (R$ 450 mil) pela primeira fase, além de R$ 150 mil por classificação por fase. Ela (CBF) também paga a logística, transporte e alimentação. Acaba se tornando interessante para o clube, apesar de ser um campeonato muito disputado - revelou.

Legado no CAV

Vender o mando do primeiro jogo da Copa do Brasil? Só por imposição da Confederação. Assim pensa o presidente, que aposta na torcida para conquistar uma vaga na próxima fase.

- Não, a gente vai mandar o jogo em Votuporanga. É um legado que o time deixa. Apenas imposição (mandar em outro local), se o estádio não tiver condições, a gente vai sair. Esse é um clube empresa, mas conhecendo os donos, isso não passa nem pela cabeça deles - revelou o dirigente.

Caskinha, presidente do Votuporanguense, ao lado de outros diretores do clube
Caskinha, presidente do Votuporanguense, ao lado de outros diretores do clube (Foto: Arquivo Pessoal)

Para Caskinha, existem outras formas de êxito além do esportivo. Ter um nome de projeção no cenário nacional atrairia ainda mais holofotes ao Votuporanguense, ampliando a receita e visibilidade do clube.

- A vitória mesmo são algumas peças do elenco, formadas na base. A nossa esperança é que se transformem em um Beraldo, do XV de Piracicaba. Ter um desses atletas no Brasil é um fôlego financeiro e uma chance de se mostrar - finalizou.

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