Avançou a equipe que jogou mais durante o tempo regulamentar e foi mais eficiente durante as penalidades. Recebendo o Paraná no Estádio do Café pela segunda fase da Copa do Brasil, o Londrina coroou sua persistência e ofensividade com a vaga na sequência da competição após o empate por 1 a 1 no tempo normal e o marcador de 5 a 4 nos pênaltis.
TUBARÃO NA CORRERIA
Usando as pontas e principalmente a velocidade do atacante Anderson Oliveira, mais solto nos primeiros minutos, o Londrina conseguia furar a linha defensiva do Paraná e o que é melhor: Sem se expor o suficiente para dar espaço aos contra-ataques.
Foi com esse volume de jogo que os anfitriões quase marcaram quando o zagueiro Silvio acertou a cabeça em chute cruzado de Uelber aos 11 minutos de jogo.
SEM ALTERNATIVAS
Nesse cenário de linhas de marcação altas e posse de bola do Londrina, as opções ofensivas para o Tricolor paranaense ficavam bastante escassas. A única forma encontrada para ultrapassar a linha do meio-campo era na base dos lançamentos onde, isolado, Jenisson pouco conseguia fazer cercado pelos zagueiros londrinenses.
VACILOS QUE (QUASE) CUSTARAM CARO
Mesmo em desvantagem momentânea, bastaram dois lances onde a atenção do Paraná foi maior que a dos donos da casa para que o cenário indicasse uma mudança.
Depois do erro na saída de bola de Augusto, Jenisson tocou para Higor Leite que tirou do alcance do goleiro Alan, mas passou ao lado do ângulo esquerdo. No minuto seguinte, foi a vez de Éder Sciola ficar frente a frente com Alan e parar em bela defesa do arqueiro do Londrina.
CAPITALIZOU A EVOLUÇÃO
Finalmente encontrando os espaços, o time de Dado Cavalcanti ganhou confiança e, ao estilo do treinador com muita troca de passes e movimentação ordenada, abriu a conta no Estádio do Café. Aos 31 minutos, Alesson viu a infiltração de Jenisson que bateu forte, rasteiro, superando Alan e fazendo a festa dos torcedores do Paraná presentes.
APOSTA NO QUE DEU CERTO
A volta de intervalo para o Londrina com pouco mais de 10 minutos de paralisação foi norteada pela estratégia de voltar a ser incisivo na marcação e ter a posse de bola por mais tempo no campo de ataque.
Com isso, o Tubarão ganhou em ímpeto e não deixou tudo igual no norte do estado porque, em cruzamento de Felipe Vieira, Romulo chegou "inteiro" no lance e exigiu uma grande intervenção de Thiago Rodrigues.
NOVO TEMPO, VELHO PROBLEMA
Apesar de estar com a vantagem, a situação estava bem longe do controle do Tricolor no aspecto de se defender e aguardar uma chance de contra-ataque. Isso porque, assim como foi em boa parte da primeira etapa, os espaços de escapada ou mesmo para passes que "gastassem" o tempo voltaram a ficar diminutos.
TÔ VIVO!
Com a torcida inflamada e os anfitriões em desvantagem, a necessidade do gol começou a ser mais nociva do que benéfica ao Londrina. Na base dos cruzamentos já um tanto quanto sem muito critério a partir dos 35 minutos, foi na bola parada que o time de Alemão conseguiu o tão perseguido tento da igualdade.
Com 47 minutos, o jovem Luquinha pegou a bola, cobrou a falta, mandou de maneira extremamente categórica no ângulo de Thiago Rodrigues e botou a decisão da vaga nas penalidades máximas.
E CLASSIFICADO!
Na marca da cal, as equipes precisaram das cobranças alternadas para definir o classificado já que Silvio, pelo Londrina, e Guilherme Santos do lado do Paraná não converteram nas cinco batidas iniciais. E, depois de Romulo e Jhemerson também perderem, Augusto converteu e viu Luiz Otávio carimbar o travessão e o passaporte do Tubarão na sequência da Copa do Brasil.