O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, chamou de “bandoleiros” os responsáveis pelos tumultos registrados na Arena MRV no domingo (10), quando o Flamengo superou o Atlético-MG por 1 a 0 e conquistou a Copa do Brasil. Ednaldo defendeu a organização da competição e afirmou que os atos de violência devem ter suas responsabilidades apuradas pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), mas também pela Justiça Comum e pela polícia.
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A final da Copa do Brasil teve registros de confusão antes, durante e depois do jogo entre Atlético-MG e Flamengo. Tentativas de invasão, arremesso de copos, de bombas e até de gradis metálicos foram vistas no interior da Arena MRV. Um fotógrafo que trabalhava no jogo foi atingido por uma bomba e teve fraturas no pé e rompimento de tendões. Em mais de um momento, a polícia reagiu com balas de borracha e gás de pimenta.
— A gente lamenta muito. O que a CBF sabe fazer muito bem são competições organizadas, com o público presente, para quem está assistindo pela televisão consiga ver bons jogos. Isso nós temos uma expertise grande — disse Ednaldo Rodrigues, ao Lance!.
O presidente da CBF declarou que atos de violência como os registrados na Arena MRV precisam ser apurados e punidos em diferentes esferas.
— Essas questões de violência não só a CBF combate, mas todos os segmentos. Isso é caso de polícia, isso é caso do Tribunal de Justiça Desportiva, isso é caso do Tribunal de Justiça Comum, do Ministério Público — considerou Ednaldo Rodrigues, que também fez questão de separar os baderneiros da torcida do Atlético-MG.
— Essas questões também a gente tem que separar. Ela não diz respeito a toda uma nação atleticana. Eu diria que a grande maioria dos torcedores atleticanos estavam ali torcendo pelo seu clube com muita disciplina. E isso que destoa dos demais tem que se tratar como bandoleiros, e ter o enquadramento que a Justiça pode dar.
STJD interdita Arena MRV
Nesta terça, o presidente do STJD, Luís Otávio Veríssimo, interditou a Arena MRV e determinou que o Atlético-MG mande seus jogos em outro estádio, com portões fechados. A decisão em caráter liminar, atendeu a pedido da procuradoria do tribunal.
“A medida estará em vigor até que ocorra a comprovação, pelo clube, da adoção de medidas logísticas, estruturais, administrativas e disciplinares necessárias e suficientes para garantir a segurança adequada na Arena MRV, ocasião em que a medida será objeto de nova deliberação pelo Pleno deste Tribunal”, escreveu Veríssimo em sua decisão.
Em nota, o Atlético-MG informou que irá cumprir a decisão do STJD, mas que irá recorrer, uma vez que não foi oportunizado ao clube “o exercício do direito de defesa”. “O pedido será fundamentado em tudo que foi e está sendo feito pelo Galo em relação à segurança da Arena MRV”, diz o texto.