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Apatia, previsibilidade e soberba: a Alemanha viveu pesadelo à la 7 a 1

Seleção do técnico Joachim Löw, o mesmo comandante do título na Copa de 2014, não se encontrou contra a Coreia do Sul e fez vexame ao ser eliminada na lanterna do Grupo F 

Coreia do Sul x Alemanha
imagem camera(Foto: BENJAMIN CREMEL / AFP)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 27/06/2018
15:49
Atualizado em 28/06/2018
06:50

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A Alemanha teve o seu dia de "7 a 1" na última quarta-feira. Quando todos achavam que a vitória no sufoco diante da Suécia havia deixado os alemães muito perto da vaga nas oitavas de final, necessitando de uma vitória por dois gols de diferença para não depender de ninguém, o inverso ocorreu. A Coreia do Sul aplicou 2 a 0 com marcas nos acréscimos e deixou ainda mais evidente a desorganização dos atuais campeões, que já haviam decepcionado na estreia.

Nada fluiu. Joachim Löw optou por mudar bastante sua equipe. Entrou com os insossos Özil e Goretzka, responsáveis por alimentar Reus e Werner. No entanto, faltou velocidade, aproximações e verticalidade ao bagunçado time de Löw, que utilizou nada mais nada menos que 20 jogadores em três partidas. Apenas o zagueiro Ginter e os goleiros Ter Stegen e Trapp não foram a campo - representando 13% do elenco.

- Estou chocado. Chocado porque não conseguimos vencer a Coreia do Sul e ainda perdemos. Eu avisei a todos que estávamos sob pressão porque a Suécia jogaria no mesmo horário. Tivemos a sensação que seguiríamos - disse Löw.

A morosidade, aliada à soberba em algumas situações, da Alemanha foi tamanha que é inevitável afirmar que Sané, velocista e vindo de ótima temporada no Manchester City, fez uma falta considerável. Brandt, que já havia ido bem nos minutos finais dos últimos jogos, foi pouco utilizado e também externou um Löw equivocado e confuso em suas decisões. 

Alemanha - Mapa de calor
Mapa de calor da Alemanha: muito volume, mas pouca agressividade (Foto: Reprodução / Footstats)

Posse de bola teve e tentativas tiveram, até pela supremacia nos números. Já organização, como já citado, e intensidade para sair do buraco em que estava se enfiando, não. Longe disso. Agora é hora de juntar os cacos e explorar melhor o que a boa - e não ótima, como se pintava - geração tem para dar no futuro. Nesta Copa, ficou devendo como se nunca tinha visto antes. O vexame ficou à altura do 7 a 1.

- Acho que isso vai trazer tempos sombrios no futebol alemão? Não, eu não penso assim. Acho que temos jogadores jovens que são muito talentosos, e alguns têm o potencial de ir em frente. Só temos que tirar as conclusões corretas - finalizou o comandante, agora muito pressionado. 

Özil - Alemanha
A péssima atuação de Özil explica a falta de criatividade dos alemães (Foto: Reprodução / Footstats)

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