Ainda é possível? Argentina já conviveu com tropeços e deu a volta por cima em Copas. Relembre outros momentos

Hermanos também estrearam com derrota em 1990, para Camarões, mas se recuperaram e foram finalistas. Em 1994 e 2018, também avançaram às oitavas mesmo com deslizes

imagem cameraArgentina também estreou com derrota em 1990, mas conseguiu se recuperar e chegar à final (AFP)
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Doha (QAT)
Dia 23/11/2022
01:52
Atualizado em 23/11/2022
23:30
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Apontada como favorita, a Argentina fez sua estreia na Copa do Qatar e mais uma vez em sua história conviveu com a famosa zebra. Depois de abrir o placar com Messi, de pênalti, a equipe não conseguiu ser letal e viu a Arábia Saudita virar o placar. Mas nem tudo está perdido para a seleção albiceleste. Ela já conseguiu se recuperar em outras edições mesmo com tropeços iniciais.

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No Mundial da Itália, em 1990, a Argentina chegava com status de atual campeã e com um elenco recheado de grandes nomes como Maradona, Goycochea e Caniggia. A estreia, porém, não foi a que os hermanos sonhavam. Mas sim com um tropeço para Camarões. Na época, as seleções africanas começavam a buscar espaço, e o gol de Omam-Biyik, no Giuseppe Meazza, parou o mundo.

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Quem pensou que o caminho era fadado à eliminação, se enganou. A seleção comandada por Carlos Bilardo se recuperou na rodada seguinte com um triunfo por 2 a 0, sobre a União Soviética, e mesmo com um empate com a Romênia, avançou. Na época, a sobrevivência deu-se porque aquela edição contava com 24 seleções e dava aos quatro melhores terceiros colocados uma vaga no mata-mata.


Nas oitavas, eliminou o Brasil com gol de Caniggia, em um duelo cercado de polêmicas. Na sequência, passou por Iugoslávia e Itália na decisão por pênaltis e viu o sonho do tri ficar ainda mais próximo. Porém, em uma final bastante disputada, viu a Alemanha erguer a taça após o gol de Brehme, de pênalti.

Argentina se classificou para as oitavas em 1994 com o terceiro lugar (Reprodução)

Quatro anos depois, nos Estados Unidos, a Argentina voltou a se beneficiar do regulamento e avançou em terceiro lugar num grupo que também era composto por Nigéria, Grécia e Bulgária. Com o revés para os búlgaros, a seleção, que estava abalada com o doping de Maradona, conseguiu a vaga, mas parou na Romênia, de Hagi, nas oitavas.

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No atual regulamento, ficar em terceiro lugar não fará com que Messi e cia. avancem, porém a seleção conviveu com tropeços na fase de grupos também em 2018, na Rússia. Na estreia, mais um deslize em sua história, com apenas um empate com a Islândia. Poucos dias depois, um revés pesado, por 3 a 0, para a Croácia, que viria a ser vice-campeã.

A classificação só aconteceu na última rodada, com uma vitória sobre a Nigéria, por 2 a 1. Aos trancos e barrancos, a Argentina chegou às oitavas, mas sucumbiu diante da forte França, naquele que foi o melhor e mais disputado jogo do Mundial. Com o revés por 4 a 3, os argentinos voltaram para casa e viram os franceses conquistarem o bi.

Portanto, o elenco de 2022 ainda pode almejar o tri e nem tudo está perdido. Resta saber como estará o psicológico desses jogadores para a sequência do torneio. O empate entre México e Polônia foi benéfico para a caminhada albiceleste, que medirá forças com a equipe de Tata Martino, no sábado, às 16h (horário de Brasília).

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Depois de encarar o México, os comandados de Lionel Scaloni terão pela frente a Polônia, de Lewandowski, dia 30, às 16h (horário de Brasília). Ainda existe não só a chance de reverter a situação como terminar em primeiro e evitar um possível novo confronto com a França, de Mbappe e cia.

Em 2018, a Argentina avançou com 4 pontos, mas sucumbiu à França nas oitavas (AFP)
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