Desde o início da Copa do Mundo, a Argentina vem sendo uma das seleções mais blindadas durante a competição. Nesta edição do torneio, algumas equipes costumam dar mais entrevistas durante a semana. Técnico da Espanha, Luis Enrique até abriu um canal em plataforma de streaming para conversar com torcedores. Mas nada disso acontece na Albiceleste.
MENOS EXPOSIÇÃO POSSÍVEL
Os protagonistas da Argentina na Copa do Mundo pouco falam. Enquanto algumas equipes costumam dar entrevistas coletivas em diversos dias, os "hermanos" conversam com a mídia apenas nas vésperas de jogos e ao fim de cada partida. Esse protocolo é determinado pela Fifa, não há como escapar.
Os treinamentos comandados por Lionel Scaloni também procuram ser discretos e com poucas informações. Assim como o método utilizado nas coletivas, as sessões de trabalhos são abertas apenas 15 minutos à imprensa. Mas quando é possível trabalhar com portas fechadas, a Argentina não abre mão de se blindar dentro do complexo da Universidade do Qatar.
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Nas redes sociais, os jogadores aparentam ter liberdade para as publicações. No Instagram, diversos atletas optaram por uma preservação após a derrota na estreia diante da Arábia Saudita, mas as postagens sempre eram retomadas com uma mensagem motivacional após cada vitória na competição.
SEM CONFLITOS
Na Copa do Mundo da Rússia, disputada em 2018, a Argentina viveu um período marcado por tensões entre o elenco e o técnico Jorge Sampaoli. As informações sobre o descontentamento do plantel eram vazadas na imprensa, mas também se via dentro de campo com jogador ignorando as instruções do comandante.
Na atual edição do torneio, um dos principais pilares dentro do vestiário é a união do elenco que começou a se formar no ciclo de Lionel Scaloni. Em uma das raras exposições do plantel, Otamendi publicou um vídeo nas redes sociais sobre a comemoração dos atletas após a vitória da Argentina sobre o México.
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Nesse ritmo, a Albiceleste se prepara para o confronto contra a Holanda, pelas quartas de final, nesta sexta-feira. Enquanto o adversário se expõe, a atual campeã da Copa América trabalha calada e tem como objetivo principal encerrar um jejum em Copas do Mundo que já dura 36 anos. Mas que parece cada vez mais próximo do fim.