Sem a presença do ‘homem gol’? Confira o momento de cada atacante da Argentina para a Copa
Wayne Rooney disse que falta um camisa 9 no elenco albiceleste, mas Scaloni tem Lautaro em grande fase e muita qualidade e opções para mudar o rumo das partidas no ataque
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Apesar de achar que a Argentina é uma das favoritas a vencer a Copa, o inglês Wayne Rooney acredita que falta um centroavante no elenco. Diante disso, o Lance! faz um balanço de como chegam os atacantes albicelestes para o Mundial e das opções que Lionel Scaloni tem para mudar os rumos de uma partida quando precisar.
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- Para mim, a Argentina é a favorita. Diferente de 2018, eles têm muitos bons jogadores, atletas sólidos no entorno de Messi, como Lautaro Martínez, Paredes, De Paul e, claro, Di María. Vencer a Copa América no ano passado deu a eles confiança e tirou um pouco da pressão. A única coisa que falta é um número nove, mas eu acho que eles serão perigosos - disse Rooney em entrevista ao 'The Times'.
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Para a disputa da 22ª edição da Copa, Lionel Scaloni optou por chamar os seguintes atacantes: Lionel Messi (PSG), Lautaro Martínez (Inter de Milão), Ángel Di María (Juventus), Julián Álvarez (Manchester City), Paulo Dybala (Roma), Nicolás González (Fiorentina) e Joaquín Correa (Inter de Milão).
No entanto, os dois últimos tiveram sérias lesões e foram cortados na última quinta-feira. A Asociación del Fútbol Argentino (AFA) decidiu que Thiago Almada e Angel Correa serão os substitutos, e ambos já estão com o elenco no Qatar,
Craque, capitão e maior esperança para o tri
A Argentina chega ao Qatar com uma das grandes favoritas, e Lionel Messi terá à sua disposição o melhor elenco desde que despontou como astro mundial. É o craque do time e dele se espera tudo, ainda mais neste momento que pode ser a sua quinta e última chance de repetir Maradona e ser campeão do mundo.
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Ao longo das últimas décadas, os hermanos conviveram com a sombra da falta de títulos, já que não erguia taças desde a Copa América 1993. Mas a conquista da mesma competição em 2021, sobre o Brasil, elevou a confiança do elenco, que não perde há 36 jogos.
Sete vezes melhor do mundo, Messi não atua como um centroavante. Justamente por ser um condutor de bola e contribuir diretamente na construção e nas finalizações das jogadas como segundo atacante. Pode decidir a partida em um lance individual com sua enorme capacidade técnica e liberdade dentro do sistema de jogo.
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Na temporada, o camisa 10 entrou em campo 19 vezes pelo PSG, estufou a rede em 12 oportunidades e deu 14 assistências. Com isso, já marcou mais tentos que no ano anterior, quando desembarcou na França ao deixar o Barcelona.
O mais próximo de ser o 'homem gol'
Dos atacantes presentes na lista de Scaloni, Lautaro Martínez é aquele que melhor incorpora as características de um centroavante mais próximo à área para finalizar e ser letal. Sabe receber de costas para o gol para municiar quem vem de trás como Messi, Dybala e Di Maria.
Na Inter de Milão, se tornou um dos expoentes e, na seleção, tem qualidade para não deixar o torcedor órfão de Kun Aguero, que se despediu da seleção e da carreira precocemente. Agilidade no poder de decisão, forte na explosão e finalização, o jogador tem tudo para ser o 'homem gol' dessa forte geração da Argentina.
Na atual temporada, já fez 21 partidas, marcou oito gols e deu cinco assistências. Ao lado do belga Lukaku, tomou conta do setor na Inter e se tornou referência.
Promessa é um dos destaques na temporada inglesa
Jovem e talentoso, Julián Álvarez atua mais como um segundo atacante, próximo do centroavante. Participativo, costuma dominar já em progressão, tirando o defensor da jogada. Aparece bem para tabelar por dentro e dá opção de passe para se movimentar e atrair a marcação adversária.
Apesar de não ser um centroavante de ofício, é ambidestro e finaliza muito bem com as duas pernas. Uma característica importante para o setor ofensivo da Argentina. Outro ponto a ser analisado é o ataque aos espaços para receber em profundidade. Tem inteligência para forçar o erro na saída de bola, explosão e boa finalização de longa distância.
Desde que deixou o River Plate, quando chamou a atenção do futebol do Velho Continente, começou a ter oportunidades com a camisa do Manchester City. Sob a batuta de Pep Guardiola, nesta temporada, atuou em 20 jogos, marcou sete gols e deu duas assistências.
Versatilidade, dinamismo e experiência como meia
Experiente e essencial na conquista da Copa América 2021, Di Maria é polivalente e pode atuar em mais de uma função dentro de uma mesma partida. Seja em profundidade para puxar a marcação ou um pouco mais centralizado, o atleta é importante no esquema proposto por Lionel Scaloni.
Sua presença em campo traz agilidade, visto que acelera o jogo com dinamismo e aproximação com Messi e Lautaro na frente. Outro ponto em que se destaca é na recomposição defensiva, já que tem disposição e raça na pressão pós-perda para forçar o erro na saída de bola do adversário. Atua mais como meia pela direita e oferece equilíbrio e qualidade para incomodar os defensores com frequência.
Aos 34 anos, tem feito uma temporada irregular com a camisa da Juventus. Em dez partidas, marcou um gol e deu quatro assistências. Pela experiência, convive com a ideia de que pode ser a sua última chance de ser campeão mundial como protagonista e titular da Argentina em Copas.
Lesão recente, mas boa opção ofensiva de aceleração
Recentemente, Dybala teve uma lesão no quadríceps e se tornou um desfalque importante para o time comandado pelo português José Mourinho, a Roma. No entanto, Scaloni ressaltou a importância do jogador e o convocou entre os 26 para a disputa da Copa do Mundo.
Resta saber em que estágio o jogador estará fisicamente, visto que vinha sendo o protagonista da equipe italiana na temporada. Como característica tem o controle de bola, a bola parada, e os chutes de longa distância. Já atuou em todas as posições do setor ofensivo e traz dinâmica e aceleração ao jogo.
Desde que chegou à Roma, Dybala vivia seu melhor momento antes da lesão, com sete gols e duas assistências em doze partidas. Sob o comando do português Mourinho, passou a ter protagonismo na equipe italiana e subir de produção depois da saída da Juventus.
Qualidade, juventude e variação do elenco
Thiago Almada e Angel Correa foram chamados na última quinta-feira para os lugares de Nicolás González (Fiorentina) e Joaquín Correa (Inter de Milão). O primeiro impressionou o Atlético de Madrid pela habilidade ao atuar como segundo atacante pela esquerda e ter o poder do drible desde os tempos de San Lorenzo.
Pelos Colchoneros, na temporada, atuou em 20 partidas, marcou quatro gols e deu uma assistência. Esteve com a camisa albiceleste na Copa América 2021 e nos Jogos Olímpicos de 2016, no Brasil. Surge como mais uma opção para o setor, que é extremamente qualificado e tem jogadores de diferentes características.
O segundo, por sua vez, tem apenas 21 anos e defende as cores do Atlanta United, dos Estados Unidos. Depois de se destacar no Vélez Sarsfield, anotou sete gols em 32 partidas, chamando a atenção de Scaloni na janela Data-Fifa de setembro. Fez a estreia com a camisa da seleção na vitória por 3 a 0 sobre Honduras.
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