Caçado pelo time suíço, Neymar tem estreia discreta, apesar do corte novo
Com corte novo e ainda recuperando o ritmo ideal, Neymar aparece mais no segundo tempo, mas tem atuação minada pelas faltas de suíços na estreia do Brasil em Rostov
Neymar estreou na Arena Rostov seu novo corte de cabelo, um chamativo topete loiro, mas ainda assim foi discreto no empate do Brasil com a Suíça. Bastante caçado, o camisa 10 não teve uma atuação ruim, mas confirmou o que disse Tite, que ele ainda está buscando sua melhor forma depois de operar o pé direito, em março.
Esta foi apenas sua segunda partida como titular desde a lesão, sofrida enquanto jogava pelo Paris Saint-Germain, na França. Nos amistosos contra Croácia (em que saiu do banco) e Áustria (em que começou jogando), Neymar fez gols e chamou a atenção com seus dribles. Já na estreia da Copa do Mundo, a história foi diferente.
Logo em suas primeiras carregadas ficou claro que os suíços não lhe dariam chance. Vítima de faltas em sequência, ele chegou a ter o meião da perna esquerda rasgado e reclamar de dores. Suas melhores participações no primeiro tempo vieram de jogadas pelo lado esquerdo, o mais criativo do Brasil, com Marcelo e Philippe Coutinho. O gol, por exemplo, veio de um belo chute do camisa 11, em seguida de uma rebatida após Marcelo e Neymar tramarem jogada juntos.
Em cobranças de escanteio, levantou a bola para Thiago Silva e Gabriel Jesus, mas nenhum dos dois conseguiu acertar a meta do goleiro Sommer, assim como Paulinho, outro a desperdiçar uma jogada iniciada pelo camisa 10.
Apesar das pancadas, Neymar tentou evitar grandes reclamações – só nos acréscimos passou a questionar a arbitragem, já que, se conseguisse um drible, logo na sequência vinha a falta para evitar a sequência do ataque.
Nas últimas duas infrações que sofreu, colocou a bola na área e por pouco a virada não veio: primeiro, Roberto Firmino parou no goleiro da Suíça; depois, Renato Augusto viu seu chute ser travado na frente do gol, no lance final do empate.
Além do tropeço inesperado para o Brasil, Neymar perdeu a chance de marcar seu 56º gol pela Seleção. Nas contas da CBF, assim ele igualaria Romário como quarto maior artilheiro na história do time verde e amarelo – atrás de Pelé, Ronaldo e Zico. Contra a Áustria, chegou a homenagear o Baixinho, considerando que havia o igualado na lista, mas a entidade conta um gol a mais do ex-camisa 11, hoje senador.
Agora serão quatro dias de preparação até a partida contra a Costa Rica. Até lá, espera-se que o melhor jogador da Seleção esteja mais próximo de seu ideal e não tenha de conviver com tantas faltas sem punição – apesar das 19 infrações, a Suíça levou só dois cartões amarelos. O Brasil, com 12 faltas, levou um.