Cafu comenta ansiedade antes da Copa do Mundo e fala sobre racismo no futebol

Ex-jogador diz que nervosismo antes da convocação é normal e brinca dizendo que queria ser chamado. Sobre racismo, capitão do Penta cita que conscientização deve vir desde cedo

imagem cameraCafu tem dois títulos de Copa do Mundo no currículo: 1994 e 2002 (Foto: João Marcos Santana / LANCE!)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 21/10/2022
18:14
Atualizado em 21/10/2022
18:31
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Em evento que recebeu a taça da Copa do Mundo no Maracanã nesta sexta-feira, o ex-jogador Cafu falou sobre a ansiedade para o Mundial do Qatar. O capitão da Seleção Brasileira em 2002 revelou como são os últimos momentos antes da convocação e citou ainda o nervosismo à espera do nome.

- Expectativa muito grande. Pena que não estou na lista de 55. Sempre existe essa expectativa grande faltando pouco para a Copa. A ansiedade nos atletas, a condição dos jogadores… cria um clima de expectativa para saber se o nome está na lista para saber se vai para a Copa ou não. Aquelas que são figurinhas carimbadas nem tanto, mas quem ainda não tem certeza, fica na ansiedade. É muito bacana esse momento - disse Cafu.

Nesta sexta, o técnico Tite teve de enviar à Fifa uma relação com até 55 nomes para a Copa do Mundo. A convocação final, que será anunciada no dia 7 de novembro, sairá dos nomes que estão nesta pré-lista do treinador.

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Cafu falou também de um tema importante, que, lamentavelmente, ganha cada vez mais repercussão no sentido negativo: o racismo no futebol. Questionado sobre a atuação da Fifa nestes casos, ele afirmou que a conscientização deve vir desde cedo e que o primeiro passo não deve ser dado pela entidade, mas sim pela população.

- Racismo é caso de educação. Não temos que esperar a Fifa, somos nós que temos que resolver, nós que temos que combater. O racismo não é só na Copa, é no dia a dia. Não podemos transferir para a Fifa, temos que combater lá de trás. O racismo é cotidiano. Nós temos que acordar pela manhã e combater. Se a Fifa fizer alguma manifestação, ótimo. Mas a Copa do Mundo passa, e o racismo vai continuar. Temos que começar a combater hoje. Quem dera estivéssemos num mundo que não existisse - frisou Cafu.

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Após deixar o Rio de Janeiro, a taça da Copa do Mundo segue no Brasil neste fim de semana, mas estará na cidade de São Paulo. Também campeão em 2002, Beletti será o responsável por receber o troféu na capital paulista.

A Copa do Mundo começa no dia 20 de novembro, com o jogo entre Qatar e Equador, no no Estádio Al Bayt, às 13h (de Brasília). A Seleção Brasileira estreia no dia 24, contra a Sérvia, no Estádio Lusail, às 16h (de Brasília).

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