Os três primeiros jogos da Copa do Mundo foram em ritmos totalmente diferentes para França e Argentina. Enquanto os europeus foram caracterizados pela preguiça e a pouca vontade de jogar, apesar das três vitórias, os sul-americanos precisaram lutar até o último jogo por uma vaga nas oitavas de final. Apesar dessa divergência, existe uma semelhança: quase todos os jogadores foram utilizados nos dois grupos.
A pouca idade da maioria dos jogadores convocados por Didier Deschamps era uma das grandes preocupações da França nessa Copa do Mundo. Porém, o treinador, aos poucos, vai dando um gostinho do que é a competição para cada um de seus atletas. Dos 23 chamados, apenas três não foram a campo na Rússia.
São eles o goleiro Alphonse Areola, o zagueiro Adil Rami e o atacante Florian Thauvin. A maioria dos reservas teve uma oportunidade no duelo contra a Dinamarca, na última rodada da fase de grupos, quando Deschamps optou por utilizar um time misto. O goleiro Mandanda, o lateral-direito Sidibé, o zagueiro Kimpembe, o lateral-esquerdo Mendy e o meia Lemar estrearam. Apenas a Croácia utilizou mais atletas do que os franceses até agora na Copa do Mundo.
Apenas Varane e Kanté ficaram em campo durante toda primeira fase. Entre os atacantes, Antoine Griezmann, substituído em todos os duelos, ainda foi o que ficou mais tempo em campo. Olivier Giroud, Kylian Mbappé, Ousmane Dembélé e Nabil Fekir vem logo depois.
Do outro lado, Jorge Sampaoli já usou 19 dos 23 convocados nesta Copa do Mundo. Só o zagueiro Otamendi, o lateral-esquerdo Tagliafico, o volante Mascherano e o craque Lionel Messi foram titulares nas três partidas da primeira fase. Já o goleiro Guzmán, o zagueiro Fazio, o lateral Ansaldi e o meia Lo Celso foram os únicos que não jogaram nenhum minuto.
A rotatividade é uma marca no trabalho do treinador, que montou 14 equipes diferentes nos 14 jogos em que esteve à frente da seleção. Nesta Copa do Mundo, foi bastante criticado por fazer mudanças muito grandes entre um jogo e outro.
O 4-2-3-1 utilizado no empate por 1 a 1 com a Islândia deu lugar ao 3-4-3 na derrota por 3 a 0 para a Croácia e depois ao 4-3-3 na vitória por 2 a 1 sobre a Nigéria. Essa formação, escolhida após uma reunião em que os jogadores opinaram, foi a que mais agradou e pode fazer com que o técnico finalmente repita uma escalação, embora ele tenha testado uma outra alternativa nesta sexta.
Pavón, atacante de beirada, pode ganhar a vaga do centroavante Higuaín. O 4-3-3 seria mantido, mas Messi deixaria o lado direito do campo para jogar como falso 9.