(Foto: EMMANUEL DUNAND / AFP)
O técnico Åge Hareide, o goleiro Kasper Schmeichel e o meia Christian Eriksen responderam às perguntas dos jornalistas nesta segunda-feira, no estádio Lujniki, em Moscou, local do duelo entre Dinamarca e França, nesta terça, pela última rodada do Grupo C. Em segundo lugar na chave com quatro pontos, dois a menos do que os franceses, os dinamarqueses precisam de um empate.
O discurso foi de respeito ao líder da chave, mesmo com as mudanças que a França fará. Didier Deschamps, técnico francês, confirmou que irá poupar os jogadores mais desgastados na partida das 11h desta terça.
- A França tem muitos jogadores bons individualmente, em todas posições. Jogam em alto nível em todos lugares da Europa. Os jogadores franceses estão acostumados com grandes jogos. Nós trabalhamos duro para estarmos aqui, estamos buscando a vaga. Nós temos quatro pontos, mas um é suficiente. Mas não temos de pensar nisso, porque poderemos ser passivos. Poderemos nos organizar de forma diferente. Vai ser um jogo duro. Temos de fazer o nosso melhor - afirmou Hareide.
Craque da seleção da Dinamarca, Eriksen ouviu muitas perguntas sobre sua ótima temporada do Tottenham (ING) e seu protagonismo entre os dinamarqueses. Respondeu sempre com o tom de quem não está preocupado com marcas pessoais e, sim, de colocar a Dinamarca na próxima fase após 16 anos. A equipe não avança para as oitavas desde 2002, quando venceu a França por 2 a 0 na rodada final do grupo, com Uruguai e Senegal.
- Vamos fazer o nosso melhor para fazer uma boa competição. Tentar ficar entre os 16 é o primeiro objetivo, jogar pelo nosso país e ficar entre os 16. É só o time que importa para mim. Estou feliz com minha temporada. Mas aqui é Copa do Mundo. Estou muito concentrado no jogo de terça, estou me sentindo muito confortável - afirmou o meia, que estava na última Copa disputada pela seleção, em 2010, mas jogou poucos minutos na eliminação na fase de grupos (a Dinamarca não se classificou para a Copa de 2014).
O meia foi, inclusive, muito elogiado por seu comandante nesta segunda.
- Eriksen é um cara maravilhoso, é muito fácil de lidar, ele ama futebol. Fora de campo, é uma ótima influencia para os jovens, tem muitas qualidades, lidera o grupo. É um jogador que eleva o nosso nível - comentou.
Hareide não descartou fazer algumas mudanças na equipe, também por conta de desgaste. A imprensa dinamarquesa, no entanto, aposta em poucas trocas: defesa e meio devem ser os mesmos da última partida, contra a Austrália.
- No fim do jogo, os jogadores estavam muito cansados contra Austrália. Temos GPS nos jogadores, vamos ver quais as condições. Você precisa colocar os melhores, mas queremos passar para a próxima fase - disse o treinador.
Kasper Schmeichel arrancou risos dos presentes na sala de imprensa do estádio ao ouvir, mais uma vez, perguntas comparativas com seu pai, a lenda Peter Schmeichel. Curiosamente, há 20 anos, quando a França venceu a Dinamarca também na terceira rodada do grupo na Copa, Schmeichel era o goleiro - ele inclusive fez uma postagem recente nas redes sociais lembrando do fato e desejando mais sorte ao time atual. Kasper soltou uma única palavra ao ouvir a pergunta sobre ter inspirações do passado ligadas ao pai:
- Nããão! - disse o goleiro, que em entrevistas à imprensa dinamarquesa já expôs a irritação por ser constantemente comparado a Peter. Sobre a Copa do Mundo, o atual goleiro está satisfeito com o desempenho de sua seleção.
- Se nos oferecessem quatro pontos em dois jogos antes da Copa, eu diria "sim, quero". Nós estamos em uma boa posição. Se tivéssemos vencido o último jogo, seria um pouco mais fácil, mas como está em nossas mãos, estamos felizes - comentou Kasper Schmeichel.
