O lateral Byron Castillo ficou de fora da lista final do Equador para a Copa do Mundo no Qatar. A seleção divulgou os 26 convocados na segunda-feira sem a presença do atleta. Um dia depois, a federação do país soltou um comunicado oficial justificando a decisão.
+ Com jogador do São Paulo, Equador divulga lista de convocados
Segundo a Federação Equatoriana, a ausência do atleta vem por 'riscos de novas injustas punições'. Castillo está em um imbróglio na justiça após uma denúncia da seleção chilena por, possivelmente, o lateral não estar regularizado para atuar pelo Equador.
- Diante de uma decisão arbitrária do CAS, que ignora os princípios jurídicos mais elementares universalmente aceitos, e diante do risco de sofrer novamente injustas punições, a Federação Equatoriana de Futebol se vê na obrigação de não incluir o jogador Byron Castillo Segura na lista final que foi apresentada a Fifa - declarou a federação em parte da nota.
+ Byron Castillo: entenda a polêmica que quase tirou o Equador da Copa do Mundo
Caso Byron Castillo
O Chile acusa a Federação Equatoriana por ter usado Castillo de forma irregular em partidas das Eliminatórias Sul-Americanas. Na alegação, os chilenos declararam que Byron nasceu na Colômbia e teria usado documentos falsos.
O TAS (Tribunal Arbitral do Esporte) considerou que o Equador utilizou de documentos irregulares e puniu a seleção com menos três pontos na classificatória em 2026 e além disso, uma multa no valor de 100 mil francos suíços.
Veja o posicionamento da seleção equatoriana
'Diante de uma decisão arbitrária do CAS, que ignora os princípios jurídicos mais elementares universalmente aceitos, e diante do risco de sofrer novamente injustas punições, a Federação Equatoriana de Futebol se vê na obrigação de não incluir o jogador Byron Castillo Segura na lista final que foi apresentada a Fifa.
Para ninguém tem sido fácil o processo que como instituição temos tido que atravessar, e muito menos para nosso jogador, que é parte desta família que chamamos La Tri.
Todos os fatos relacionados com o caso foram conhecidos pelos juízes equatorianos, que em quatro oportunidades deram a razão ao jogador, sendo eles as únicas autoridades competentes em nosso país para dirimir essa controvérsia. Cada um dos atos da FEF foram realizados respeitando precisamente o que nosso sistema jurídico dispõe, obedecendo as decisões das autoridades judiciais e administrativas, as quais como Federação estamos obrigados a acatar, mas quando estão em jogo direitos fundamentais do jogador.
Incompreensivelmente, a mesma decisão do CAS - que reconhece a elegibilidade do jogador - semeia, de forma ilegítima, dúvidas sobre o conteúdo de seu passaporte que podem colocar em risco, não só o avanço da seleção nesta Copa do Mundo, como até mesmo comprometer sua participação na próxima edição, sob a sanções que, sem fundamento jurídico algum, foram impostas a FEF.
Embora hoje nossa atenção esteja no Mundial do Qatar, nosso compromisso é esgotar todos os recursos que o direito nos conceder para demonstrar nosso procedimento correto e reparar essa injustiça e dolorosa situação, seja qual for o foro em que devamos fazê-lo.'