Cuidado com o México
Somos favoritos, mas como escreveu André Kfouri neste sábado, a responsabilidade maior é do Brasil. Este México nos tem dado trabalho ultimamente. Embora nunca tenhamos sido derrotados, com três vitórias em quatro confrontos, e nem tomado sequer um gol, não conseguimos vencer na Copa 2014 e perdemos na final olímpica em Londres, em 2012. Mas, como disse o Tite, espero que a canarinho jogue no mínimo como jogou contra a Sérvia, daí para melhor. Assim, vamos passar por cima e manter a escrita!
Mbappé
O jovem atacante francês tem duas semelhanças com ex-craques da Seleção do Brasil. Ele lembra muito o Ronaldo Fenômeno nas vigorosas e velozes arrancadas e é a cara do grande Dida, goleiro da Seleção em 2006. Tomara que a semelhança que determine seu destino nesta Copa não seja o do Fenômeno, que foi decisivo no penta no Japão, e sim do Dida, que infelizmente não foi campeão!
Imigrantes no futebol
Uma das grandes questões contemporâneas são as guerras que criam legiões de refugiados que, na sua maioria, procuram abrigo em países europeus. Pois bem, circula pelas redes uma imagem com dados que mostram como estes países que travam batalhas por conta de limitar estas imigrações de refugiados dependem dos imigrantes quando se trata de formar suas seleções. A seleção que tem a maior participação de imigrantes no seu elenco é a da França, com 78,3% de jogadores imigrantes, embora somente 6,8% da população francesa seja de imigrantes. Já a Suíça, com 65,2% de imigrantes entre seus jogadores, é a que tem o maior percentual de imigrantes na população total, com 24%. Em seguida, como as maiores participações de ‘estrangeiros’ vêm Inglaterra e Bélgica, duas sensações desta Copa, ambas com 47,8% de jogadores imigrantes em cada uma das suas seleções, com 9,2% e 12,1% respectivamente de participação de jogadores ‘estrangeiros’ nas suas populações. Então, fica claro quem quer fechar as fronteiras não só é desprovido de compaixão humana, como tampouco deve gostar de futebol!
Iniesta
Quem acompanha estas exclamações, já sabe que sou um fã de seu futebol, desde que o vi penteando a bola no Barcelona. Andrés Iniesta não só foi um craque maior do clube da Catalunha, como foi o maior jogador da história tratando-se de futebolistas espanhóis. Ganhou duas Eurocopas e uma Copa do Mundo, com o luxo de ser o autor do gol do título. Fico boquiaberto com a discreta classe deste baixinho, de passes de primeira, de mudanças de direção surpreendentes e ainda se metendo na área adversária em infiltrações e conclusões magníficas. Iniesta declarou que a despedida da Fúria fez, deste domingo na Rússia, o dia mais triste de sua vida no esporte. Também estou triste. Confesso que torci pela Espanha por egoísmo: queria mais um pouco mais de Iniesta!
Protagonista da Copa
Nas ruas e, vivendo o cotidiano russo, é muito forte a barreira da língua. Como no Brasil, poucos falam inglês ou espanhol, tornando muito difícil a comunicação. E ainda tem o alfabeto cirílico, que complica ainda mais. Houve um esforço e há sinalização no alfabeto romano em muitos dos locais de transporte. Comparado com a Moscou de minha primeira visita, em 2008, é visível a melhoria de sinalização e os jovens voluntários da Copa prestam um serviço gentil e esforçado. Mas o Google Translator salvou a muita gente nestes dias de Rússia. Este aplicativo gratuito é genial e permite que você escreva, fale ou aponte para um texto e imediatamente lhe dá a tradução e permite um diálogo que seria impossível em outros tempos. Um exemplo foi quando entrei numa farmácia e fui apontando a câmera do celular para as embalagens, podendo ler em tempo real os dizeres e escolher o medicamento que eu buscava. Bateu um bolão!