Com muitos ‘estrangeiros’, França segue tradição dos anos em que foi campeã da Copa do Mundo
19 atletas do elenco francês têm raízes e descendências fora do país
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A seleção da França, historicamente, abrange atletas de outras nações. O país, formado por população multiétnica, expressa essa realidade dentro de campo. No atual elenco que está no Qatar para a Copa do Mundo, 19 jogadores têm dupla nacionalidade.
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Do experiente Mandada, aos jovens Thuram e Mbappé, todos os setores do campo francês têm pelo menos um jogador com raízes estrangeiras. A situação segue uma 'regra' da França há alguns Mundiais e se repete em 2022.
Três desses atletas nasceram fora do território francês: Eduardo Camavinga, nascido em Angola, Steve Mandanda, na República Democrática do Congo, e Marcus Thuram, na Itália.
Muitos jogadores têm a nacionalidade dupla, mas em localidades que pertencem à França. Casos de Varane, de Martinica, e Coman, de Guadalupe.
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Os outros têm descendentes em países estrangeiros: Areolá (Filipinas), Axel Disasi (Congo), Koundé (Benin), Saliba (Camarões), Upamecano (Guiné-Bissau), Lucas e Theo Hernández (Espanha), Konaté (Mali), Guendouzi (Marrocos), Tchouaméni (Camarões), Fofana (Costa do marfim), Mbappé (Camarões), Dembelé (Mauritânia) e Muani (Congo).
"Black-blanc-beur" em 1998
O primeiro título mundial da França, conquistado em território local, foi um marco dessa representatividade. O lema "black-blanc-beur" (negra-branca-árabe, em português) acompanhou a seleção durante o torneio. Naquele mundial, os Les Bleus tinham diversos descendentes de imigrantes na equipe, por isso, utilizavam esse slogan que descrevia o "espírito de união nacional."
Alguns dos principais nomes daquela equipe vinham de origens diversas. Thierry Henry, Zinedine Zidane, Lilian Thuram, Djorkaeff entre outros tinham dupla nacionalidade.
Les Bleus campeões em 2018 e recorde de 'estrangeiros'
Na Copa do Mundo da Rússia, a França conquistou, na época, o recorde de equipe com mais 'gringos' no elenco. Na campanha que culminou com a segunda conquista dos Les Bleus, 19 atletas, como neste ano, poderiam ter escolhido defender outra seleção de forma profissional.
Grande parte desses jogadores estará no Qatar, onde a França vai tentar colocar mais uma estrela em sua camisa pesada no futebol mundial.
No Grupo D, a França estreia contra a Austrália, na próxima terça-feira, em Al-Wakrah, no estádio Al-Janoub. Os Les Bleus ainda enfrentam Dinamarca e Tunísia na primeira fase da Copa do Mundo.
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