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Técnico do Irã abandona coletiva após pergunta sobre direito das mulheres no país

Coletiva estava prevista para durar 15 minutos antes de um treino

Queiroz
Técnico português Carlos Queiroz que comanda seleção do Irã (Foto: AFP)

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O técnico português Carlos Queiroz, da seleção do Irã, abandonou a coletiva de imprensa após pergunta sobre representar o país diante das alegações de violações aos direitos das mulheres no Irã.

- Para qual canal você trabalha? Quanto vai me pagar para responder a essa pergunta? Vocês são uma empresa privada, quanto vão me pagar? Fale com o seu chefe e no final da Copa posso te dar uma resposta se me fizer uma boa oferta. Para responder a essa pergunta, não coloque palavras que eu não disse na minha boca, eu estou perguntando à sua companhia quanto vão me pagar para responder - disse o português antes de se levantar.

Ao sair da mesa, Queiroz ainda sugeriu ao repórter a análise de outra situação, já fora do microfone.

- Acho que devia pensar também sobre o que acontece com os imigrantes na Inglaterra, como são tratados. - completou Carlos.

O técnico chegou a responder em outro momento da entrevista sobre a possibilidade dos jogadores realizarem protesto em favor das mulheres durante o Mundial:

- O Irã é exatamente como o seu país. Segue o espírito do jogo e as regras da Fifa. É assim que você se expressa no futebol. Todos têm o direito de se expressar. Vocês se ajoelham nos jogos. Algumas pessoas concordam, outras não, e no Irã é exatamente o mesmo. Mas esse tipo de assunto não está em questão na seleção nacional, os jogadores só têm uma coisa na cabeça que é lutar pelo sonho de passar da fase de grupos. - afirmou Queiroz.

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As manifestações no país asiático já duram mais de dois meses e são realizados por universitários locais que protestam contra a segregação por sexo nos refeitórios da universidade.

Após a morte da jovem Mahsa Amini, de 22 anos, que estava sob custódia em detenção da polícia seguindo o rígido código de vestimenta imposto pelo país às mulheres, os protestos se intensificaram no Irã e os atletas de seleção retiraram as fotos de perfil no Instagram em apoio à causa. Já Azmoun foi mais longe e fez um post sobre o caso nas redes sociais.

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