Juventude vira arma e França chega com ambiente forte para a final
Pouca idade do elenco era uma preocupação para o início da competição, mas acabou virando um dos pontos fortes do time de Deschamps
Ser jovem no futebol muitas vezes representa certa imaturidade, ceder aos momentos de pressão e sumir nos grandes jogos. Porém, a França dessa Copa do Mundo da Rússia mostra que a pouca idade pode ser convertida em algo muito positivo. Com esse espírito, os Bleus encaram a Croácia neste domingo, pela grande final do Mundial. O jogo começa às 12h (de Brasília) e terá tempo real do LANCE!.
O trabalho dos últimos dias foi mais com o psicológico do que físico. Didier Deschamps ressaltou, após o duelo contra a Bélgica, que o mais importante seria uma cabeça preparada e foco na decisão. Os jogadores descartam um favoritismo e mostram uma postura completamente diferente do que tiveram na Eurocopa.
As estrelas da equipe francesa cresceram no momento do mata-mata. Se a primeira fase foi cheia de marasmo e pragmatismo, a fase eliminatória mostrou um time que não joga necessariamente bonito, apesar de alguns lances do "futebol moleque", mas uma equipe eficiente, com alternativas no banco e jogadores extremamente dedicados.
O elenco atual também vai na contramão do que vinha acontecendo com a França nos últimos anos: um ambiente de paz, sem polêmicas, confusões e individualidades.
Mudança na Euro
A derrota na final da Eurocopa para uma Portugal sem Cristiano Ronaldo acabou sendo um balde de água fria para a França, que sediava a competição. No entanto, o vice-campeonato serviu quase como um ponto de virada para Didier Deschamps. Do elenco atual, apenas os goleiros Lloris e Mandanda, os zagueiros Umtiti e Rami, os meias Kanté, Pogba e Matuidi e os atacantes Griezmann e Giroud estiveram naquele time de 2016.
Nesse novo ciclo, os franceses tem a segunda seleção mais jovem da Copa, com média de 26 anos, assim como a Nigéria. O título perdido encerrou a passagem do lateral-esquerdo Patrice Evra, que se aposentou da seleção, por exemplo. Jogadores mais experientes como Schneiderlin, Ginac e Cabaye deram espaço aos jovens Tolisso, Dembelé e Thauvin entre os 23 convocados.
Falando em renovação, quem mais chama a atenção são os dois laterais titulares. Benjamin Pavard não havia atuado pelo time principal até novembro do ano passado, enquanto Lucas Hernández só estreou em março de 2018. Agora, ambos são titulares indiscutíveis para a França.
Para se ter uma dimensão maior, o cenário da última Copa mudou ainda mais. Apenas Lloris, Varane, Pogba, Matuidi, Griezmann e Giroud estiveram em terras brasileiras para disputar o Mundial.
