Pool da Copa: ‘A Colômbia tem que voltar ao básico’
José Orlando Ascencio, jornalista do El Tiempo, analisa a seleção colombiana e o que deve ser feito para o jogo decisivo deste domingo contra a Polônia
A derrota da Colômbia contra o Japão, na estréia da Copa do Mundo da Rússia em 2018, teve muito a ver com a aproximação do técnico José Pékerman. Se alguma coisa tinha caracterizado o treinador argentino foi a sua coerência para planejar as partidas, na maioria das vezes. Quando começou a inventar, sofreu derrotas dolorosas, como 2-0 para o Uruguai na última eliminatória, ou o desastroso primeiro tempo contra o Chile, na mesma rota para o Brasil, um 0-3 que os jogadores levantaram para o coração.
Pékerman começou a inventar no primeiro jogo da Copa do Mundo. Assim foi: ele acabou jogando com uma nova defesa, um par de volantes de marca que só tinham começado uma vez como titular (no amistoso contra o Egito) e com um ponta que nunca (leia bem, nunca) tinha começado com a Seleção, José Heriberto Izquierdo.
Espero que essa lição tenha sido aprendida. Bem, ruim ou regular, com dívidas de futebol em muitos jogos, com momentos brilhantes em outros (como o segundo tempo no Chile, os dois jogos contra o Equador, a segunda etapa do amistoso com a França), a equipe tem uma base que conseguiu a primeira conquista, voltar para a Copa do Mundo, e que veio com boas opções para repetir o que fez no Brasil. Não é hora de inventar: o que está em jogo é a continuidade na Copa do Mundo. O tempo dos testes aconteceu já passou.
Para Pékerman, devemos reconhecer muitas coisas. Ele nos colocou de volta no mapa, ele nos levou para fazer a melhor Copa do Mundo em nossa história, ele ajudou muitos jogadores a brilhar, fazendo com que grandes equipes na Europa começasse a notá-los. Mas neste primeiro jogo da Rússia 2018, o principal responsável foi ele. Vamos torcer para que a cruzada de cabos não aconteça novamente. Ele já mostrou que pode endireitar o curso quando a equipe se desvia da estrada.
Os jogadores também têm o que tirar da situação. Eles sabem o que jogam. Eles sabem o que têm na frente: por exemplo, Falcao compartilha dia a dia com Kamil Glik, James era o parceiro de Lewandowski durante um ano inteiro. Certamente eles não têm medo deles.
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