Pool da Copa: ‘A força que levou a Costa Rica a brilhar em 2014 oscila a quatro dias da estréia na Rússia’
Esteban Valverde, do 'La Nación' da Costa Rica, mostra como a defesa da seleção costarriquenha está sendo colocada em dúvida após seis gols em dois amistosos
Óscar Duarte ganhou tudo nas alturas, Giancarlo González foi o zagueiro, Keylor Navas voou como um anjo para cada bola e a Costa Rica permitiu apenas dois gols em cinco jogos no Brasil 2014 ... Um desempenho defensivo que surpreendeu ao mundo; Hoje, quatro dias antes da estreia na Rússia 2018, a mudança de postura é impressionante.
Os quatro gols marcados pela Bélgica, mais os dois que a Inglaterra marcou, mas especialmente a maneira como esses gols foram marcados, apontam que a defesa precisa ser mais refinada para o jogo contra a Sérvia no próximo domingo.
Receber gols está se tornando uma tendência na Tricolor. Na verdade isso é verificado se for feito um levantamento dos últimos 10 jogos da equipe. Em oito deles a defesa foi vazada.
Para os selecionados, a mentalidade é clara: as partidas contra belgas e ingleses servem para perceber erros e corrigir, sem dúvida, considerar que é melhor que acontecesse agora que na competição.
Giancarlo Pipo González aceitou que o desempenho defensivo não é adequado e afirmou que eles devem corrigir para evitar repetir os problemas exibidos contra os belgas (goleada de 4 a 1).
- Obviamente, estamos surpresos com os seis gols em dois jogos, nós, como jogadores e mais como um defensor eu sei que somos responsáveis, não podemos receber quatro gols. Temos que melhorar e domingo é a hora da verdade, é aí que temos que conversar - disse ele.
Para o zagueiro do Bologna da Itália os dias que faltam são suficientes para acabar de afinar o sistema defensivo e assim ficar claro que na partida contra os sérvios não se pode falhar em concentração.
- Isso é para colocar em prática o que já conseguimos. Devemos saber que a Bélgica, a Inglaterra e a Irlanda já passaram e que temos apenas de fazer o melhor possível para enfrentar o presente - afirmou ele.
Por sua vez, Celso Borges destacou a atitude de toda a equipe em buscar melhorias após o ocorrido.
- Tudo o que aconteceu é para aprender, agora continuamos juntos. Acho que aprendemos muitas coisas boas e temos que corrigi-las, a atitude da equipe é muito boa e estamos indo para frente -afirmou Borges.
Se o histórico é analisado, não é a primeira vez que a Costa Rica chega com dúvidas em sua defesa para uma Copa. Antes do Brasil 2014, o cenário foi estatisticamente pior.
Antes de participar da Copa do Mundo, a defesa liderada por Jorge Luis Pinto permitiu ser vazada nos dez amistosos antes do Mundial. No final, ele conseguiu um desempenho exemplar na Copa do Mundo.
No caminho para a Rússia, a seleção nacional teve três derrotas com marcadores altos: a derrota de 4 a 1 paraa Bélgica, a Espanha colocou 5 a 0 e na Copa América do Centenário a equipe dos Estados Unidos derrotou os ticos por 4 a 0.
A defesa da Seleção Nacional fracassa, porém em outras ocasiões já demonstrou que ao invés de terminar em queda, sabe como se levantar e é isso que é pedido contra a Sérvia.
* Este texto foi publicado no La Nación da Costa Rica, parceiro do LANCE! no Pool da Copa