Pool da Copa: ‘Godín é o dono do time’

Jornal 'El Observardor' destaca a importância do zagueiro do Atlético de Madrid no desempenho da seleção do Uruguai. Ele é o capitão da Celeste

imagem cameraGodín lidera o Uruguai em campo (Foto: AFP)
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Lance!
El Observador
Dia 17/06/2018
06:10
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O torcedor tem um sentimento muito especial com a seleção do Uruguai há muito tempo. Ele a segue, ele bate nela, respeita-a como não acontece há muito tempo. E dentro dessa conivência que existe entre o fã com o celestie, um dos pontos altos é o que eles sentem pelo capitão Diego Godín. Ele é um jogador de futebol que venceu com seu jogo, sua performance e tudo o que ele normalmente deixa no gramado uma veneração que vai além do respeito tradicional.

A primeira coisa que ele disse no aeroporto de Carrasco, quando havia mais de mil pessoas na despedida celestial, foi sentir-se "orgulhoso e feliz" por tantas pessoas mostrarem seu amor por essa camisa. E a maioria das pessoas esperava a saudação do atacante Luis Suárez e do off-road Edinson Cavani, mas Diego Godín era de longe o top 3 dos favoritos dos seguidores celestes.

Com a reunião na sexta-feira ele chegou ao seu número 117 com o azul no peito e ele é apenas o oitavo jogador com mais presenças com o Uruguai. Mono Pereira, que tem 125 não foi levado em conta contra o Egito.

Esta já é sua terceira Copa do Mundo depois da África do Sul 2010 e do Brasil 2014.

O faraó teve que aparecer logo antes do Egito. Seu apelido forçou-o, mas também seu status como capitão. No começo, ele ficou chateado com Pelado Cáceres e Matías Vecino em duas jogadas em que eles erraram na saída de bola e complicaram a equipe. Essa voz de comando sempre vem a calhar.

Mas o mais transcendente de Diego Godin nesta estreia celestial foi que ele colocou a equipe em seu ombro quando as coisas não saíram.

Quando no primeiro tempo o Uruguai foi uma sombra do que ele poderia dar, quando seus jogadores estavam desconectados e eles não conseguiam encontrar parcerias no campo, quando o arco da frente parecia estar cada vez mais longe naquele raro estádio em Yekaterinburg, quando a cabeça sai do lugar, lá foi visto tentando arrastar todos os seus companheiros.

Godín foi, mais uma vez, o dono da equipe. Ele mandou a bola e levou todos pela mão à vitória.

Ele marcou firmemente no fundo as poucas vezes que os adversários chegaram, acrescentou sua contribuição no meio-de-campo, distribuindo o jogo. Mas, além disso, facilitou o difícil quando teve que sair para cortar os rápidos contra-ataques dos egípcios, que, embora não fossem muitos, as vezes que o fizeram com perigo.

Na jogada do gol de José María Giménez, ao mesmo tempo que o jogo estava perto de terminar, se seu companheiro de equipe do Atlético de Madrid - que esta semana acaba de estender seu elo até 2023 -, não chegou, atrás dele foi Godín que o ajudou a subir para marcar o gol. Josema não falhou.

Em plena comemoração desse gol que deu três pontos de ouro para o grupo e para quebrar a maldição de 48 anos sem vencer na primeira partida da Copa do Mundo, ele parou seus companheiros e conversou com eles um por um dizendo: "Não se empolguem agora que faltam 5 minutos de acréscimos". Mesmo nisso você vê a importância de um capitão.

É por isso que Godín tem uma importância vital neste grupo. Contribui por todos os lados. E isso é visível.

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