Tão brilhante foi Armani que em poucos meses ele resolveu todos os problemas deixados pela saída de Barovero do arco do River Plate. Brilhou tanto que deve ter tornado invisível aqueles que atuam no futebol europeu. Já no Atlético Nacional teve dificuldades para copnseguir sua liberação e viu os torcedores locais lotarem o estádio em sua despedida, fato raramente visto. Ele se destacou na Copa Libertadores, mas não vimos muito de Armani no futebol colombiano. Não temos, é claro, uma equipe de analistas de vídeo para acompanhar qualquer jogador argentino que viaje pelo mundo. Desde que chegou ao River, ele consertou todas as falhas no arco cometidas por seus antecessores.
Hoje parece que Armani pode fazer as defesas mais impossíveis. Obviamente, ele é um ser humano e pode cometer erros. Mas suas enormes performances e o clamor popular o levaram para a Seleção. Já era difícil Sampaoli rebater esta condição ou defender Chiquito Romero, que, além de sua inatividade, o herói do Brasil 2014 poderia exercer seu extenso currículo na Seleção como um reserva. Chiquito lesionou-se e ninguém entendeu muito o que se seguiu depois. Wilfredo Caballero teve um punhado de treinos mais do que Armani na Seleção. Não poderia ser considerado histórico. Ele jogou muito bem contra a Itália, porém, uma falha com os pés poderia ser considerado um aviso. Depois, veio a substituir Romero no dia do fatídico 6 a 1 diante da Espanha, aos 22 minutos, e recebeu a taxa desconfortável de cinco golsd sofridos. Como Chiquito, Caballero não é um iniciante em sua equipe. Ele não joga regularmente. Não tem a continuidade que sempre foi considerada central para a posição, uma exigência que foi novamente desconsiderada.
A escolha de Caballero porque ele jogava melhor com os pés desabou tragicamente. Pobre Willy, acabou sendo vítima de um erro grave produto de um toque arriscado de ostentação justamente da da virtude que lhe deu a condição de titular.
Pronto. Armani entrou na primeira final. Sóbrio no arco. Sério, responsável, chutando, sem complicar. enaltecido do aquecimento, em cada defesa e diante de qualquer rebatida, contagiou pela segurança. Ele é o arqueiro que as pessoas queriam. Ele quebrou o fluxo das coisas e foi pedido até pelos adeptos do Boca. Ele nunca tinha jogado na seleção, nem amistoso. Ele teve que fazer sua estréia na Copa do Mundo em uma partida decisiva, em que uma geração que está se despedindo da Seleção, mas jogou o jogo. Sem comer ou beber, havia Armani. O gol sofrido foi de pênalti. Talvez ele tenha saído de forma precipitada e favorecido a decisão de Moisés. Depois, ele sempre mostrou presença e um senso de cobertura vital a sete minutos do final, quando a Argentina entrou em desespero e a Nigéria ameaçou com um contra-ataque. Lá, Armani ficou de pé, não virou o rosto e cobriu o arco com todo o corpo. O nigeriano Ighalo não encontrou o buraco. Foi um tiro que passou quase despercebido, porque a Argentina precisava fazer o gol que a manteria viva. Se ela tivesse sido feita alguns minutos depois do gol, teriam falado dela como chave para a vitória.
Não exagere. Vamos devagar com o estilo Armani. Humildade, seriedade, trabalho, coragem, segurança e confiança Um arqueiro que salva e não complica. Com um toque de sorte, a melhor companhia para o cargo, além de defesas firmes. Nós vamos construir esta seleção de operários da defesa para o ataque. É o arco de Armani.
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