Pool da Copa: ‘Liberte-se e jogue’

Ariel Senosiain, do 'Olé' da Argentina, analisa que após tirar um peso das costas, Argentina não deve mudar diante da França. Times duelam pelas oitavas de final da Copa

imagem cameraMessi e a Argentina seguem vivos na Copa (Foto: AFP)
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Lance!
Olé (Argentina)
Dia 27/06/2018
06:13
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A seleção argentina, o seu coração, a consciência de Marcos Rojo para buscar uma bola que não era dele e bater nela na hora certa. Tudo isso fez o Mundial dar mais uma vida para a nossa equipe. Em vista, após o nevoeiro que foi deixado pela emoção, aparece a França, uma equipe de qualidade individual como poucos nesta Copa do Mundo.

O primeiro passo para imaginar o jogo no sábado é pensar que os jogadores argentinos tiraram uma mochila de pressão das costas. Isso acontece no futebol que tem o time mais forte em uma situação de pressão para se salvar em vez de comemorar, parece menos do que o rival realmente é. Acontece com qualquer grande que lute pela permanência. Libertar-se, talvez, é o caminho para não cair diante dos golpes. A cabeça vem sempre primeiro e depois as pernas.

A segunda é a análise, a especulação do jogo. Não parece tempo para mais mudanças. Os 45 minutos iniciais representam o modo como você terá que jogar com esse time, sempre concentrado, solidário para recuperar a bola e dinâmico quando estiver de posse dela. E assim foi dado àqueles que seguramente repetirão a titularidade, além, por exemplo, da imprecisão de Di Maria.

Contra a Nigéria, a Argentina ganhou o meio-de-campo. A partir dessa força, ele deve encarar a França, onde Kanté sempre ganha pela presença e Pogba finge ser despreocupado, mas raramente falha. O próximo adversário distribui qualidade em suas linhas; acima, também tem variantes. A seleção francesa pode jogar Giroud de costas com Griezmann solto ou este de 9 com Dembélé de um lado; por outro, Mbappé é fixo. Os três últimos precisarão ser marcados como a Iheanacho e Musa naquele primeiro tempo de domínio: dominá-los, sem permitir que eles girem, para não deixá-los exercer sua velocidade.

O principal mérito dos selecionados na noite de São Petersburgo provavelmente foi sua determinação, o sacrifício unânime para tentar recuperar e na primeira meia hora, a mobilidade a ser oferecida. Deixou de ser esse time que com sua lenta circulação de bola era submisso ao rival. É uma exigência que você deve ter como obrigação. Qualquer equipe européia força esse ritmo.

Messi mudou da direita para o meio. Se ele repetir, ele jogará de mãos dadas com Lucas Hernández, provavelmente mais eficiente se ele procurar na área de Kanté. O toque seguro para evitar perder a bola em lugares inconvenientes, o que abriria possíveis contra-ataques franceses, completaria a análise. Enquanto isso, a noite nunca aparece em São Petersburgo. Depois de esperar pelo dia em que a Argentina poderia tirar sua angústia, o dia não quer mais ir embora.

* O Pool da Copa é a união de grandes veículos de comunicação do mundo para um esforço de troca de informações. O objetivo é manter seus leitores por dentro do que acontece com as seleções de outros países, porém, com uma visão local.

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