Pool da Copa: ‘O peso da história’

A seleção argentina prepara a batalha final, embora espere que não seja o fim de sua participação na Copa. E a decisão interna foi feita. Existe consenso, há concordância. Diante da Nigéria, você verá uma formação histórica em termos de nomes. Contra os africanos, haverá uma equipe mais lógica, no sistema 4-4-2. Na última partida do grupo, uma equipe entrará no gramado com muitos jogadores experientes para tentar lidar com o ritmo de uma partida quente, embora tenhamos que ver como eles administrarão as frustrações ...

Sampaoli perdeu a gestão total das decisões, isso é claro. Mas isso não significa que agora os jogadores definam a equipe, mas há muitas conversas para escolher o melhor sistema. A discussão gira em torno de fazer a seleção nacional finalmente levantar a cabeça, finalmente ganhar um jogo e, finalmente, esse terremoto não acontecer. O técnico entendeu as ordens e agiu de acordo. Uma equipe sem esquisitices, um sistema tradicional e pessoas com anos de batalhas. A idade média dos 11 que vão entrar em campo em São Petersburgo (30 anos) diz tudo ... O jogador mais jovem nas manchetes será Nicolás Tagliafico, de 25 anos.

Existiram decisões importantes no primeiro treinamento em que o técnico preparou uma equipe - claro, teremos que ver se isso não muda. Há alterações em posições-chave, o que mostra como a equipe tentará trabalhar. Sampaoli apostou suas fichas em Banega, a formação que ele mais gosta para começar o jogo, embora ele nunca tenha se rendido a isso. Mas Ever é um dos que melhor conjugam com Messi e há a busca: que a bola chegue ao 10, pedido que o capitão fez ao comandante em sigilo.

Treinamento Argentino

Em um sistema semelhante ao último Barcelona, a equipe vai tentar ter a bola no meio para romper em direção ao ataque, contando com a passagem dos laterais, o que explica as escolhas de Salvio pela direita e de Tagliafico pela esquerda. Quem vai jogar no meio-campo perto de Mascherano? Em princípio, Enzo Pérez mantém a vaga após boas jogadas no primeiro tempo contra a Croácia, embora com uma capacidade de definição que o condene (com o gol livre, ele jogou a bola para fora). E à esquerda novamente, Di María, o parceiro ideal, quem sabe melhor marcar sem a bola ... Sim, o mesmo que tinha sido deixado de fora da partida com os croatas.

E os atacantes? Agüero estava respondendo bem: gol na estreia e partida regular contra a Croácia, quando o erro de Willy Caballero acabou de terminar com o sonho de triunfo. Mas então observou-se, a idéia é mudar o centroavante para dar uma chance de Gonzalo Higuain, que vem se destacando nos treinamentos e entrou fresco no último jogo, além do qual ele não podia fazer muito para mudar no decorrer da partida.

Lembre-se, esta decisão não responde apenas ao momento de um e do outro jogador. Há também um tema do jogo muito importante e com influência direta: com Armani no gol, a equipe vai recuar menos a bola, sem ter a saída limpa como Sampaoli gosta de dizer. A ideia é não estourar o problema na área e não repetir os erros do passado, aqueles que acabaram condenando Caballero e colocando em risco a classificação por oitavos. Então? Precisamos de um estilo que prenda a bola e que faça a equipe sair ao ataque sem fazer que a bola volte o tempo todo, como aconteceu diante da Croácia.

Uma equipe histórica com jogadores que sabem como é jogar finais, que resolveram a parada das Eliminatórias em Quito. Uma equipe de homens, pesada, que carregam a responsabilidade de levar a equipe para a partidaa mais angustiante ou para reavivar os fantasmas de 2002, com todos os agravantes que uma eliminação representaria. Assim, esta geração procurará deixar sua marca mais crítica. É assim que jogaremos contra a Nigéria ...

* O Pool da Copa é a união de grandes veículos de comunicação do mundo para um esforço de troca de informações. O objetivo é manter seus leitores por dentro do que acontece com as seleções de outros países, porém, com uma visão local.