Pool da Copa: ‘O que estamos fazendo de mau na América do Sul?’
José Orlando Ascencio, do 'El Tiempo' da Colômbia, analisa o mau momento das seleções sul-americanas, que ficaram de fora das semifinais da Copa do Mundo da Rússia<br>
Faz 12 anos que a América do Sul não coloca um time entre os quatro primeiros de uma Copa do Mundo. E há 16 atrás que não há uma volta olímpica de um dos membros da Conmebol. A lacuna que já se tornou evidente entre o futebol sul-americano e europeu nos clubes parece ter sua cauda, e séria, agora nas seleções.
Até 2002, havia forças iguais. Mas esta será a quarta Copa do Mundo seguida vencida por uma equipe européia. E talvez não os históricos: a Bélgica está fazendo o curso há algum tempo. E isso, para não mencionar as equipes que jogaram note sábado.
O que está errado na América do Sul? Se algo fez as equipas deste lado do mundo se destacarem, foi a sua técnica, a maneira de jogar que fez a Europa começar a olhar para aqui e tirar o melhor do nosso talento. Há 40 anos, da seleção argentina, que venceu a Copa do Mundo em 1978, apenas um, Mario Alberto Kempes, jogava na Europa, no Valencia da Espanha. Hoje é difícil encontrar um jogador que esteja na sua liga local. Globalização, eles chamam..
Europa tentaram copiar o nosso modo de jogar e algumas equipes ainda como campeões do mundo foram coroados com a fórmula de toque, como a Espanha em 2010 e na Alemanha em 2014. Claro que agora foi para o outro extremo e falhou na Rússia. Em vez disso, muitos treinadores aqui preferiram apostar no tamanho, força física, para procurar jogadores grandes e correr. Mais ou menos, o que os europeus fizeram antes. E é por isso que as acusações estão se nivelando.
Claro, na Europa eles ainda estão liderando o melhor por aqui. Mesmo, eles também tomam outros sem brilho ... Cada vez que eles vão mais jovens. Na sexta-feira, a mídia brasileira falou sobre o interesse do Paris Saint-Germain, um clube de livro de cheques fácil para um menino de 13 anos de idade, de João Moreira, filho de um Ronaldinho. Para não ir mais longe, há o caso de Lionel Messi, que chegou ainda criança em Barcelona e por isso sua criação é praticamente catalã. Assim que a Copa do Mundo terminou, com o fracasso argentino, ele foi para aquela cidade. E nessa cidade a equipe Albiceleste também terminou de se preparar para esta Copa do Mundo, por ordem de '10 '.
A única maneira de fazer a diferença é voltar às raízes. Você tem que trabalhar na técnica, individual e coletivamente. As equipes estão mais preocupadas, em sua formação de jogadores, em preencher a cabeça das táticas sobre a sagacidade. Isso é difícil. Na terça-feira vamos começar a viver uma nova semifinal da Copa do Mundo, longe de nossas raízes, então você tem talentos que se assemelham o que tínhamos, como Mbappé como Hazard (que tomou o exemplo de Juan Roman Riquelme). Ou como Griezmann, de formação francesa mas coração uruguaio.
É hora de jogar de novo do jeito que sentimos na América do Sul, em vez de querer nos assemelhar àqueles que uma vez quiseram ser como nós.
O professor...
* O Pool da Copa é a união de grandes veículos de comunicação do mundo para um esforço de troca de informações. O objetivo é manter seus leitores por dentro do que acontece com as seleções de outros países, porém, com uma visão local.