Amargura após Peru x Dinamarca. É a melhor palavra para definir o emocional de milhões de peruanos. Se teria sido necessário começar com Paolo Guerrero ou se "Oreja" Flores deveria ter permanecido no campo são anedotas. Não interessa discutir isso agora. A Dinamarca, uma equipe inferior à Suécia, venceu por dois motivos: aproveitou que Carrillo não baixou com Advíncula no ataque e teve um formidável goleiro. Nada mais.
Nossa seleção jogou como sempre. Não traiu sua identidade e encurralou o adversário durante 80 minutos. Não me recordo de uma equipe peruana que teve tanto azar na definição. Foi comovente ver nosso time tentando converter um gol para colocar um sorriso no país e ter vergonha quando o africano apitou o final do jogo.
Ter um resultado adverso na abertura da Copa do Mundo complica tudo. Os ânimos, o trabalho diário, as expectativas e as possibilidades de progresso. Hoje, certamente, sondaram o General depois da guerra para dizer que Gareca estava errado e destilar o palavreado oportunista, por parte daqueles que não sabem assumir derrotas, que se misturam à corrente conformista atual que tanto dano tem feito ao nosso país.
Eu prefiro seguir com a camisa da minha seleção e incentivar junto com os compatriotas pintados de vermelho e branco no estádio russo. Quero ouvir novamente o hino nacional e entusiasmar-me como se estivesse entre os onze eleitos por Gareca. Ele nos levou para o mundo, nos mudou o rosto e nos devolveu a identidade e algo importante: amar e honrar a camisa.
Vamos começar de novo. É a identidade do Peru. Continuamos com cabeça erguida.