Pool da Copa: A seleção do Uruguai é uma máquina de faturar

Lance!

El Observador (Uruguai)

Dia 11/07/2018

06:26

Atualizado em 11/07/2018

09:05

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Orgulho. Sentimento de posse. Identificação. Humildade. Cante o hino como nunca aconteceu. Vista a camisa. Carregue a bandeira, pendure-a em varandas e sacadas. Leve-a em uma viagem no carro. A equipe uruguaia tem um magnetismo especial. Os jogadores conseguiram uma comunhão especial com o povo que levou mais de mil pessoas a recebê-los nas primeiras horas do dia em que voltaram da Rússia. Ao teste de fidelidade acrescenta-se que isso foi feito em um dia de intenso frio e chuva. Todas essas demonstrações foram refletidas nas diretrizes de publicidade que foram geradas com a participação celeste na Rússia.

Mas também, nos últimos tempos, a equipe uruguaia tornou-se uma máquina real para arrecadar dinheiro. A Celeste levantou o prêmio concedido pela FIFA para chegar às quartas de final, pelo preço em que a camisa celeste foi vendida, o patrocínio, a venda de direitos de transmissão televisiva, publicidade estática, amistosos e merchandising.

Uma conta rápida permite concluir que, no ano passado, na Associação Uruguaia de Futebol (AUF) entrou bruscamente cerca de US $ 53 milhões (cerca de R$ 201 milhões).

Ou seja: um prêmio de US $ 16 milhões (cerca de R$ 61 milhões) para se classificar para as quartas de final da Copa do Mundo, US $ 900 mil (cerca de R$ 3,4 milhões) de prêmio da Puma para o mesmo conceito, US $ 24.500.000 (cerca de R$ 93 mil) para os direitos de venda das camisas, US $ 3.150.000 (cerca de R$ 11,8 milhões) para conceito de patrocinadores, US $ 2.500.000 (cerca de R$ 9,5 milhões) para participar da China Cup e os US $ 6 milhões (cerca de R$ 23 milhões) que foi liberado pela justiça da venda dos direitos das Eliminatórias para o Full Play, que somaram os US $ 12 milhões (cerca de R$ 46 milhões) que já haviam sido arrecadados junto a Tenfield pelos direitos das Eliminatórias pelos próximos três anos.

O dinheiro da participação na Copa do Mundo e os patrocinadores é dividido em 50% entre os jogadores e a AUF. Desses 50% devem ser feitos os descontos correspondentes que são prêmios da equipe técnica e dos jogadores, e as despesas geradas pela participação da equipe nas diferentes competições. Portanto, cada clube da primeira divisão receberá cerca de US $ 140 mil e os da segunda, US $ 20 mil.

Investindo na juventude

O que resta aos clubes do dinheiro que entra na Associação é a questão que sempre surge nesses casos, porque no nível local as instituições estão com a corda no pescoço. Mas a maior parte do benefício da seleção para os clubes vai do outro lado.

A cadeia estabelece que os clubes formam jogadores, a seleção os cita para competir, e essa é a grande janela que permite que eles sejam exibidos e depois vendidos. O dinheiro vai para os clubes que fizeram o investimento. Por que você vende com a seleção? Resposta simples É aquele que compete internacionalmente e permite que os jogadores sejam vistos.

De fato, sob a presidência de José Luis Corbo, a AUF teve que colocar uma espécie de decreto que impedia os jogadores sem contrato de sair para defender as equipes de jovens, porque eles roubaram atletas juvenis.

Um teste vigoroso que endossa a renda que os clubes tiveram, produto dos jovens que nestes 12 anos fizeram parte das seleções são os mais de 121 milhões de euros (cerca de R$ 540 milhões) que ingressaram por venda de jogadores. Essa mensagem que Maestro Tabarez deu antes da partida da equipe nacional, onde ele disse: "Devemos dar importância às divisões da juventude, e eu passarei uma advertência (elevando o tom): investir dinheiro na juventude", tem a sua razão para ser.

* O Pool da Copa é a união de grandes veículos de comunicação do mundo para um esforço de troca de informações. O objetivo é manter seus leitores por dentro do que acontece com as seleções de outros países, porém, com uma visão local.