Claudio Tapia, presidente da AFA (Associação do Futebol Argentino), fez um pronunciamento na manhã deste domingo, em Bronnisty, para garantir que Jorge Sampaoli segue no comando da seleção argentina e atacar a imprensa do país.
- Vocês viram a comissão técnica dirigindo o treino, o grupo trabalhando. É uma clara demonstração de que muito do que vocês manifestaram é mentira - disse o dirigente.
Alguns veículos argentinos noticiaram que os jogadores da seleção solicitaram a saída imediata de Sampaoli após a derrota por 3 a 0 para a Croácia, na quinta-feira. Jorge Burruchaga, autor do gol do título mundial de 1986 e hoje coordenador da AFA, seria o seu substituto. Também há jornalistas dizendo que os atletas escalaram a equipe para o decisivo jogo contra a Nigéria em uma reunião com o treinador - a conversa existiu, o grupo realmente externou algumas insatisfações e o treino deste domingo indicou que haverá mudanças no time.
- Tivemos a reunião que todos sabem. Tudo o que aconteceu depois, como sempre, é por conta de vocês. Realmente, (os jornalistas) são o quarto poder. Há diferentes maneiras de utilizar esse poder, nem todos os comunicadores são iguais, alguns são diferentes, mas vocês transcendem, tergiversam. Antigamente o jornalismo falava do funcionamento das equipes, de como jogavam, hoje está totalmente desvirtuado. Mas isso fica para depois que acabar o Mundial - emendou Tapia, antes de pedir o apoio da imprensa argentina.
- Peço que todos deem um gesto de respaldo aos jogadores, que não se matem para saber qual será a escalação, para serem os primeiros a dar a notícia, porque isso também dá vantagem ao adversário. Muitos de vocês foram a três, quatro ou cinco Copas graças a esses jogadores - finalizou.
A Argentina enfrenta a Nigéria, às 15h de terça-feira, em São Petersburgo, com a obrigação de vencer. Além disso, precisará torcer para a Islândia empatar ou perder o jogo com a Croácia. Em caso de vitória islandesa, será preciso superá-los no saldo de gols. Hoje, os hermanos estão em desvantagem neste quesito (-3 contra -2).
Apesar de estar mantido no cargo neste momento, Jorge Sampaoli tem chances grandes de deixar o cargo quando a participação da seleção na Copa do Mundo chegar ao fim.