Primeira vítima em Copas e dono de recorde: Irã está no caminho de CR7
Adversário de Portugal nesta segunda-feira, em Saransk, pela última rodada da primeira fase da Copa do Mundo, tem uma relação direta e antiga com o craque e capitão lusitano
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O adversário de Portugal às 15h (horário de Brasília) desta segunda-feira, em duelo valendo vaga nas oitavas de final da Copa do Mundo, tem uma relação particular com Cristiano Ronaldo. E essa proximidade entre Irã e o craque vai além da ligação entre Carlos Queiroz, técnico da seleção asiática, e o atacante. Foi contra o país do Oriente Médio que ele fez seu primeiro gol em Mundiais, e nasceu lá o seu único rival a ser batido na lista de artilharia por seleções.
Com os quatro gols que já fez neste Mundial, Cristiano Ronaldo chegou a 85 por Portugal e se tornou o maior artilheiro europeu por uma seleção (superou os 84 de Puskas na Hungria). Mas, na comparação com o resto do mundo, ainda está atrás somente de um jogador: o iraniano Ali Daei, que balançou as redes em 109 oportunidades pelo time nacional.
Nas estatísticas de Copa do Mundo, CR7 já tem o Irã marcado na história. Foi diante deles que ele fez o primeiro de seus sete gols em Mundiais. Em 17 de junho de 2006, pela fase de grupos da competição disputada na Alemanha, o craque converteu o pênalti que fechou a vitória por 2 a 0 sobre o Irã, aos 35 minutos do segundo tempo. E Ali Daei estava naquela partida em Frankfurt, mas não saiu do banco de reservas.
O ídolo iraniano usava a camisa 10, mas já tinha 37 anos e acabou não entrando. Cristiano Ronaldo, por sua vez, tinha 21 anos, em sua primeira Copa do Mundo. Ainda usava a 17 e, embora titular do time de Luiz Felipe Scolari, como um prêmio às suas atuações no vice-campeonato europeu dois anos antes, era um coadjuvante de Figo e Deco. Porém, já era apontado como esperança. Tanto que Figo, capitão luso, sofreu o pênalti e o deixou bater.
Já naquele jogo, de 12 anos atrás, CR7 mostrava personalidade e confiança para arriscar dribles e jogadas individuais. De lá para cá, tornou-se um dos maiores nomes da história do futebol mundial. Por isso, pode até negar publicamente, mas, por colecionar recordes naturalmente, certamente tem Ali Daei na mira.
Seria mais uma marca expressiva para quem, pela seleção, já é quem mais atuou (152 jogos), quem tem mais partidas pelo país em Copas do Mundo (15) e Eurocopas (21), artilheiro em Euros (nove gols) e com mais hat-tricks (seis), como se chama quando um jogador faz três gols em uma partida.
Aos 33 anos de idade, Cristiano Ronaldo acumula outros recordes individuais importantes: tornou-se o quarto jogador na história a fazer gols em quatro Copas do Mundo (igualando-se a Pelé e aos alemães Seeler e Klose) e é o maior artilheiro do Real Madrid (451 gols), do Mundial de Clubes (sete gols), da Eurocopa (nove gols), da Liga dos Campeões (120 gols) e de competições de clubes da Uefa (123 gols).
É com todo esse repertório que o único português que balançou as redes neste Mundial da Rússia e capitão do time enfrenta o Irã nesta segunda-feira, em Saransk. Basta não perder para seu país seguir na competição. E uma frustrante e precoce eliminação já na fase de grupos não é um episódio de sua ligação com o Irã que Cristiano Ronaldo quer na história.
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