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O que deu certo e a soberania de Kanté: a vitória da França na estreia

Camisa 13 da seleção francesa foi o melhor jogador em campo e voltou a mostrar muita velocidade para cobrir todo gramado

Kante foi um dos grandes nomes da vitória da França na estreia
imagem camera(Foto: AFP/ROMAN KRUCHININ)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 16/06/2018
09:27
Atualizado em 17/06/2018
07:30

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Uma das favoritas para vencer a Copa do Mundo, a França decepcionou em sua estreia. Se era esperado um baile no jogo teoricamente mais tranquilo do Grupo C, Griezmann e companhia saíram devendo um pouco. Apesar disso, o time de Didier Deschamps venceu a Austrália por 2 a 1 na Arena Kazan.

O treinador francês optou por escalar dois laterais com características mais defensivas, dando total liberdade para seus pontas atacarem. No entanto, essa falta de movimentação ofensiva fez falta. Com Dembélé fazendo movimentação extensa, saindo da tradicional ponta-direita, Griezmann atuou mais aberto. Mbappé utilizou sua velocidade para passar por dentro dos zagueiros.

No início, a goleada estava sendo escrita pelo domínio da França, que fez todas as suas finalizações no alvo do primeiro tempo até os oito minutos. Pelo menos até os 30, os 'Bleus' não conseguiram mais chutar a gol. Por isso, a primeira etapa terminou com um 0 a 0 e destaque para a atuação australiana.

Na segunda etapa, o cenário mudou um pouco para a França, que mostrou mais determinação. O pênalti assinalado com auxílio do VAR, a meu ver, foi correto e Griezmann bateu sem chances para Matt Ryan. A reação da Austrália poderia ter estragado completamente a festa, mas Pogba, mesmo sem fazer uma grande partida, decidiu aos 34 minutos do segundo tempo e garantiu a vitória.

Se tem alguém que se destacou foi Kanté.

Mapa de calor - Kanté - França x Austrália
Mapa de calor de Kanté (Foto: Reprodução/Footstats)

Essencial na equipe do Chelsea, Kanté fez valer a grande expectativa em cima dele. Melhor em campo, ele se movimentou muito, como mostra o mapa de calor, desarmou e ajudou a França a segurar as investidas dos adversários. Nos números, foram 55 passes, cinco duelos vencidos, quatro desarmes, três passes longos completos e duas interceptações.

O QUE DEU CERTO:

Pouca coisa saiu como a França imaginava na partida. Porém, além de Kanté, já citado anteriormente, quem também foi bem foram os zagueiros, principalmente Varane, e o goleiro Lloris. 

O QUE DEU ERRADO:

O trio de ataque não se encontrou. Muito disso passa sim pela atuação fraca de Pogba, mas Griezmann e Mbappé poderiam ter sido bem melhores para ajudar a França a não sofrer. Outro que saiu marcado de forma negativa foi o técnico Didier Deschamps. Suas substituições foram equivocadas e, caso o jogo terminasse empatado (ou pior), ele sairia como o grande vilão. Além disso, a escolha dos laterais também foi ruim.

Giroud poderia ter entrado antes. A França explorou muito a bola aérea e o atacante do Chelsea deveria estar em campo para aproveitar. Quando colocou o camisa 9, Deschamps tirou Griezmann, quando poderia ter sacado Dembelé. Por último, mesmo precisando fazer um gol, promoveu a entrada do volante Matuidi.

COMO COMEÇOU:

COMO TERMINOU:

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