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Técnico do Japão se defende e assume a responsabilidade pelo ‘antijogo’

Akira Nishino lamentou ter de usar esse artifício para garantir classificação, mas disse que não havia outro plano além de contar com o outro jogo e manter o placar de sua partida

Japão x Polônia
imagem cameraTécnico japonês tentou explicar por que precisou usar o antijogo por vaga nas oitavas (Foto: NICOLAS ASFOURI / AFP)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 28/06/2018
14:31

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O Japão precisava de apenas um empate para ir para as oitavas de final da Copa do Mundo, no entanto se deparou com uma Polônia que queria jogo e acabou vencendo por 1 a 0, o que fez com que os japoneses contassem com uma vitória de Colômbia ou Senegal para passar de fase. E deu certo, mas os asiáticos precisaram usar do antijogo para garantirem o resultado de sua partida, algo que não agradou aos torcedores no estádio.

As vaias de ambas as torcidas mostraram a desaprovação que aquele gesto japonese havia causado em todo o público. Em coletiva após o duelo desta quinta-feira, em Volgogrado, o técnico Akira Nishino lamentou e se defendeu da atitude que teve de tomar para garantir a classificação na fase de grupos.

- Eu decidi por tentar manter o resultado, e ter a certeza de que o imponderável não entrasse em cena no nosso jogo. Então eu passei a contar com o resultado da outra partida. Nós não estamos felizes com a situação, não foi intencional, não era a nossa intenção ficar nos arrastando em campo, mas tive que contar com o resultado da outra partida. Foi uma situação muito complicada, de alto risco, mas não era só por ficar tocando a bola, se víssemos qualquer oportunidade, nós atacaríamos. A verdade é que precisávamos manter o resultado, porque se tomássemos outro gol, não teríamos nada. Creio que naquele momento não tínhamos outra coisa a fazer. Ouvi vaias no estádio, acho que os jogadores também ouviram, foi muito desagradável - declarou o comandante.

Nishino também fez questão de assumir toda a responsabilidade pela decisão passada a seus jogadores na reta final da partida. Em longa explicação, o japonês voltou a defender a postura de seu time e revelou ter sido a primeira vez que precisou usar dessa prática do antijogo.

- A última mensagem que mandei aos jogadores no campo foi: mantenham o resultado. E eles me escutaram, não importava o que aconteceria, eles manteriam o status quo. Eles foram muito fiéis ao me ouvirem e seguirem minhas ordens. Fui eu e minha comissão técnica que tomamos a decisão. Claro que podemos ser ofensivos e agressivos, como fomos nos primeiros jogos e fizemos no começo desse jogo, mas foi uma situação que me obrigou a tomar essa decisão e não fomos ao ataque. Tive de contar com o outro jogo. Não estou feliz por isso, tive de forçar meus jogadores a fazer o que falei. Estamos em uma Copa do Mundo, essas coisas acontecem e conseguimos passar por ela. No fim das contas foi a melhor decisão para mim e para o time. Esse tipo de futebol existe e foi a primeira vez que fiz isso para passar por uma fase de grupos - concluiu.

Na segunda posição no Grupo H, o Japão aguarda a definição do Grupo G para saber se enfrenta a Inglaterra ou Bélgica, na próxima segunda-feira, às 15h, em Rostov, pelas oitavas de final da Copa do Mundo.

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