(Foto: Divulgação)
Diego Laxalt ganhou a sua primeira chance como titular do Uruguai na Copa do Mundo na vitória por 3 a 0 sobre a Rússia. O jogador teve a confiança do técnico Óscar Tabárez e jogou como ala, participando de forma direta do segundo gol da partida. Polivalente, o jogador começou a carreira como volante, virou meia na Itália e já jogou de lateral pelo Uruguai. Suas boas atuações no Genoa (atual clube), chamaram a atenção de grandes clubes da Europa, como Liverpool e Benfica. Revelado pelo Defensor (URU), mantém grande amizade com De Arrascaeta e nutre paixão por motos e carros, influenciado pela profissão do pai.
Polivalência chamou a atenção de Tabárez
Nesta Copa do Mundo, Laxalt ganhou a sua primeira oportunidade na segunda rodada, contra a Arábia Saudita, quando entrou no segundo tempo - triunfo celeste por 1 a 0. Sua estreia pela seleção foi em 2016, contra a Venezuela, em uma vitória por 3 a 0. Antes disso, porém, já tinha vestido a camisa celeste nas divisões de base. Laxalt fez parte do elenco que foi vice-campeão Mundial e terceiro lugar no Sul-americano Sub-20, ambas as competições disputadas em 2013.
A polivalência do jogador chamou a atenção do técnico Óscar Tabárez. Laxalt começou a carreira como volante, mas na Europa passou a jogar mais avançado, na meia-esquerda, até ser utilizado na lateral. No início do ano, em março, atuou como lateral no amistoso contra a República Tcheca, na vitória por 2 a 0. A atuação agradou Tabárez e foi o seu passaporte para a disputa da Copa do Mundo. Na sua primeira partida como titular na competição, contra a Rússia, Tabárez optou por jogar com três zagueiros e Laxalt mais aberto, na criação de jogadas.
- Um jogador de grandes dotes técnicos, boa condição física e com muitas partidas disputadas em sua equipe. Joga 90 minutos no ataque e na defesa e tem feito gols importantes. É merito dele. Ele demostrou que pode jogar aqui - disse Tabárez, no início de 2018.
Ganhando espaço
Contra a Rússia, Laxalt fez uma grande partida. Jogando de ala, o jogador ajudou na recomposição e exibiu os seus melhores atributos: velocidade, bom preparo físico e apoio ofensivo. Com a boa atuação, sua titularidade já passa a ser uma realidade. O segundo gol da partida teve sua participação direta. Após cobrança de escanteio, Laxalt pegou a sobra e chutou forte. A bola desviou em Cheryshev e foi para o fundo das redes. Feliz, o jogador ressaltou a boa campanha uruguaia e a felicidade de alcançar o objetivo.
- Certamente, isso enche meu coração de alegria. Uma alegria imensa. Hoje, preciso aproveitar esse dia, mas já pensar na próxima partida. Alcançamos o objetivo, está bonito - disse na saída do campo, após a vitória
Cobiçado na Europa e rodagem na Itália
Levado por um vizinho, aos nove anos de idade, Laxalt começou sua carreira no Defensor e fez toda a sua formação no clube uruguaio. No profissional, porém, fez apenas 15 jogos e marcou um gol. Conhecido pela sua velocidade e bom porte físico, o jogador chamou a atenção da Inter de Milão que, em 2013, após boas atuações no Defensor e na seleção de base, comprou seu passe.
Seu início na Internazionale não foi muito bom e Laxalt começou a rodar por clubes italianos, por empréstimo, até ser comprado pelo Genoa em 2015. Antes do clube genovês, teve passagens pelo Bologna (2013/14), onde participou de 15 jogos e marcou dois gols. Depois foi emprestado para o Empoli (2014/15), onde permaneceu por pouco tempo, fazendo apenas sete jogos e marcando um gol.
O último clube que foi emprestado pela Inter foi o Genoa. Essa foi sua passagem mais exitosa, fazendo com que o Genoa acertasse sua contratação por 5,8 milhões de euros (cerca de 24 milhões de reais). Na Genoa há três temporadas, Laxalt já fez um total de 117 jogos, com oito gols e 12 assistências. Mantendo uma boa média de desempenho, foi neste ano que fez a sua melhor temporada, com 34 jogos, quatro gols marcados e três assistências.
Amizade e admiração por companheiros celestes
Laxalt mantém amizade com o seu companheiro de seleção e meia do Cruzeiro, Giorgian De Arrascaeta. Os jogadores se conheceram na base do Defensor, aos 15 anos e jogaram juntos diversos torneios na base do Defensor e da seleção. Além da amizade com Arrascaeta, Laxalt tem em outro companheiro da seleção, um de seus maiores ídolos. O jogador é fã do meia Cristian "Cebolla" Rodríguez, com quem disputa posição na Copa do Mundo, além de admirar muito o argentino Lionel Messi.
- Gosto como joga e sempre o admirei (Rodríguez). Quando te perguntam quem é o melhor jogador tem que descartar Messi, deixa-lo de lado e dizer outro nome, parece um jogador de playstation - disse ao 'Referí', em 2013
Paixão por moto e atitude no estilo
Filho de professora e de mecânico, Laxalt cresceu entre os ferros da oficina do pai. Por isso, o jogador é fã de motos e de carro. Por conta da proximidade com a profissão do pai, aprendeu a dirigir com apenas 12 anos de idade. Sua paixão pelas motos, porém, teve que ser deixada de lado por conta do futebol
- Tive que deixar as motos por causa do futebol. Meus pais e todo mundo me diziam para parar de pilota-las. É um perigo, mesmo eu sempre andando com precaução - lamenta o jogador
Seu sobrenome, peculiar, é de origem basca, mas não é só o nome que chama atenção. O estilo do jogador também é destacado pela imprensa e torcedores. Suas trancinhas são um sucesso e o meia mantém o visual desde os 15 anos. A primeira vez que fez o cabelo foi com a filha de um olheiro uruguaio, ainda na base do Defensor. Desde então não abandonou o estilo.
- Eu gosto. Acho confortável, não tenho que pentear meu cabelo. Antes eu tinha cabelos longos e era meia hora antes para deixar apresentável e poder sair de casa - destaca o jogador
