A Dinamarca venceu o Peru por 1 a 0, em Saransk, na estreia das duas seleções da Copa do Mundo. Com um gol de Poulsen, no segundo tempo, os dinamarqueses dividem a liderança do Grupo C da competição com a França, que marcou um gol a mais e leva vantagem no critério. Foi a volta da equipe europeia a um mundial após oito anos.
O Peru, porém, reestreou após 36 anos sem pisar em um gramado de Copa do Mundo e teve a chance de ter um retorno triunfal, com vitória e redenção de seu principal jogador, não fosse o pênalti desperdiçado por Cueva, e a opção inexplicável de Gareca por deixa Guerrero no banco no primeiro tempo.
Reestreia parecia sem peso
Quem viu a postura do Peru desde o início do primeiro tempo não diria que a última Copa disputada por eles foi a de 1982, quando nenhum dos 23 convocados havia nascido. Com a Dinamarca priorizando a posse de bola, os peruanos preferiram esperar o adversário para contra-atacar e a tática se mostrou mais eficiente. Tanto é que a melhor oportunidade do jogo até os minutos finais da etapa inicial foi de Carrillo, que provocou uma grande defesa de Kasper Schmeichel.
Posse de bola improdutiva e Eriksen apagado
O primeiro tempo terminou com 60,4% de posse de bola dos dinamarqueses, contra 39,6% dos peruanos, segundo o Footstats. A seleção europeia impôs seu jogo na tentativa de envolver os rivais, mas se mostrou bastante limitada para furar a defesa formada por Gareca. Foram sete finalizações do Peru contra cinco da Dinamarca. O craque do time, Eriksen, foi muito discreto e pouco lembrou seus momentos no Tottenham.
VAR em ação, Cueva vacilão
O gol parecia uma questão de tempo para o Peru ainda no primeiro tempo. Carrillo e Farfán já haviam tido boas oportunidades de gols e não pararia por aí. Cueva foi derrubado na área e pediu pênalti, mas o árbitro só marcou com o auxílio do VAR, segundos depois. Era a chance de coroar a atuação dos peruanos. O próprio Cueva cobrou, porém isolou e desperdiçou a cobrança. Em 2018, foi o terceiro pênalti perdido pelo camisa 8, que foi para intervalo consolado pelos colegas.
Castigo peruano, que bebeu do próprio veneno
O Peru voltou para o segundo tempo mais agressivo e partiu para o ataque, teve uma boa chance com Flores e desperdiçou. A ânsia por decidir, gerou um contra-ataque para a Dinamarca, com Sisto, que percebeu a defesa peruana desorganizada, partiu em velocidade e deu para Eriksen, até então sumido, passar para Poulsen marcar o gol que abriu o placar da partida.
Guerrero entrou, mas deveria ter começado
Não foi necessário muito tempo após a entrada de Guerrero, no segundo tempo, para perceber que ele seria peça fundamental para para o ataque peruano. O atacante que brigou até o fim para estar na Copa do Mundo deu trabalho para a defesa da Dinamarca e mostrou que seria muito mais útil se entrasse desde o começo.
Tal pai, tal filho para garantir o placar
Como era de se esperar, após sofrer o gol o Peru fez pressão para tentar igualar o placar, mas no caminho havia o filho de uma lenda do futebol mundial: Kasper Schmeichel. Lembrando os dias de glória seu pai Peter, um dos maiores goleiros da história do futebol, o arqueiro da atual seleção dinamarquesa fez pelo menos três defesas difíceis para garantir a vitória de sua equipe.
Passos seguintes
Na próxima quinta-feira, a Dinamarca viaja para Samara para enfrentar a Austrália, às 9h. Enquanto o Peru vai até Ecaterimburgo para duelar com a França, favorita e líder do Grupo C com três pontos e um gol a mais do que os dinamarqueses.
FICHA TÉCNICA
PERU 0 X 1 DINAMARCA
Local: Mordovia Arena, Saransk (RUS)
Data-Hora: 16/6/2018 - 13h (horário de Brasília)
Árbitro: Bakary Gassama (GAM)
Auxiliares: Jean Birumushahu (BDI) e Abdelhak Etchiali (ALG)
Público/renda: Não disponíveis
Cartões amarelos: Tapia (PER), Delaney (DIN)
Cartões vermelhos: -
Gols: Poulsen (13'/2ºT) (0-1)
PERU: Gallese; Advíncula, Rodríguez, Ramos e Trauco; Tapia (Pedro Aquino, aos 41'/2ºT), Youtún e Cueva; Carrillo, Flores (Guerrero, aos 17'/2ºT) e Farfán (Ruidíaz, aos 39'/2ºT). Técnico: Ricardo Gareca.
DINAMARCA: Schmeichel; Dalsgaard, Kjaer, Christensen (M. Jorgensen, aos 35'/2ºT) e Larsen; Kvist (Schone, aos 34'/1ºT) e Delaney; Poulsen, Eriksen e Sisto (Braithwaite, aos 21'/2ºT); N. Jorgensen. Técnico: Age Hareide.