Duílio termina o seu mandato à frente do Corinthians em dezembro deste ano (Foto: Rodrigo Coca/Ag.Corinthians)
Duílio Monteiro Alves tem vivido dias difíceis na presidência do Corinthians. E nem mesmo a autocrítica feita após a eliminação do clube na semifinal da Conmebol Sul-Americana ajudou a amenizar o sentimento de frustração do mandatário corintiano, que está contando os dias para passar o bastão para o seu substituto, que será decidido em eleição marcada para o dia 25 de novembro – a próxima gestão assumirá em janeiro.
Além dos erros na condução de futebol, Duílio está frustrado com alguns movimentos políticos que, ao ver dele, têm incentivado o aumento da pressão interna e atrapalhado o Timão. O atual presidente não quer tomar envolvimento da disputa eleitoral, mas sente que tem sido o principal prejudicado, pois tem ‘tomado porrada’ de ambos os lados.
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Essa insatisfação, inclusive, motivou o discurso crítico a Augusto Mello, candidato da oposição, na apresentação do técnico Mano Menezes, na última sexta-feira (29). Mello criticou a contratação do novo treinador sem consultar os postulantes à presidência corintiana nos próximos três anos e foi rebatido por Duílio Monteiro Alves.
Mesmo classificando o seu mandato como impopular, Duílio tinha grande expectativa em conquistar um título nesta temporada, para que os projetos aplicados por ele no campo administrativo ganhassem mais luz ao fim da gestão. Por isso, a frustração em não ter chegado à final da Sul-Americana foi maior do que em outras perdas de campeonatos.
Desde o primeiro ano de gestão, o presidente corintiano buscou profissionalizar a gestão do clube na maioria dos departamentos. Parcerias com empresas de consultorias, ampliação na busca por geração de receitas através de ações de marketing e ativações publicitárias, a instalação do compliance no clube, são atitudes comemoradas pela direção corintiana na atual administração.
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Duílio, inclusive, tem medo de que os seus feitos não sejam levados adiante no próximo mandato por discordâncias políticas.
Pessoas próximas ao presidente corintiano relataram à reportagem que a sensação no contato com Duílio Monteiro Alves é de cansaço e abatimento. Durante o mandato, ele também precisou cuidar de alguns problemas de saúde, que o atrapalharam principalmente no fim do ano passado e início desta temporada.
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Ao fim do mandato, Duílio quer se afastar da política corintiana. Ele vai se colocar à disposição para auxiliar na transição, mas até mesmo se a situação seja vencedora ele não quer ter participação ativa no cotidiano administrativo do clube alvinegro. Inclusive, durante o período em que esteve no comando corintiano, ele até mesmo se afastou de algumas pessoas do seu próprio grupo político por conta de divergências.
