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Corinthians acumula R$ 30 mi de déficit e vai fechar 2015 no vermelho

Clube tem resultado financeiro melhor que o do ano passado mesmo sem grandes vendas e projeta 2016 com superávit. Clube vai arrecadar mais com TV e confia em patrocínios

Roberto de Andrade, Presidente do Corinthians
imagem cameraRoberto de Andrade, presidente do Corinthians, que espera melhor resultado em 2016 (foto: Eduardo Viana)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 10/11/2015
20:23

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Se dentro de campo as coisas vão muito bem para o Corinthians, com o iminente título brasileiro, fora dele o clube ainda enfrenta dificuldades para retomar o caminho do sucesso. Embora celebre um resultado financeiro melhor que o de 2014, quando teve déficit de R$ 97 milhões, o Timão fechará o ano novamente no vermelho.

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Até o fim de agosto, o saldo corintiano era negativo em R$ 30,5 milhões, segundo balancete patrimonial. A expectativa é de que, mesmo com a premiação pela conquista do nacional, que renderá R$ 10 milhões, os números não melhorem. Otimista mesmo só o cenário previsto para o ano que vem, quando a expectativa é de voltar a ter superávit.

– Não há chance de fechar 2015 no azul. Se mantiver esses R$ 30 milhões negativos, já estarei satisfeito. Estamos reduzindo em muito o déficit da última temporada, cortamos gastos, e esperamos um 2016 melhor – disse, ao LANCE!, Emerson Piovesan, diretor financeiro do clube.

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Alguns pontos explicam as contas do Timão no vermelho: a falta de um patrocínio nas mangas do uniforme, a alta folha salarial no primeiro semestre (antes da saída de jogadores importantes, como Guerrero e Sheik) e dívidas e juros com bancos. Além disso, um fator preponderante para o déficit foi o fato de o Corinthians não ter realizado nenhuma grande venda de jogador na temporada, como foi, por exemplo, a de Paulinho em 2013, que rendeu aproximadamente R$ 60 milhões.

Neste ano, as principais negociações do clube de Parque São Jorge foram as de Lodeiro, Fábio Santos e Petros. Contudo, a primeira só começou a ser paga pelo Boca Juniors (ARG) no último mês, enquanto as últimas foram usadas para reduzir a folha e abater dívidas, gerando poucas receitas diretas ao Timão.

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Vale lembrar que desde que inaugurou a Arena o Corinthians não conta com recursos provenientes de venda de ingressos, cujos valores são repassados ao fundo responsável pelo pagamento da obra do estádio.

Como praxe, os direitos de transmissão de TV foram as maiores fontes de renda. O clube declarou ter recebido R$ 92,2 milhões da Globo até agosto, valor que será ainda maior na próxima temporada. Como também serão maiores as arrecadações com sócios-torcedores e patrocínios, como explicou o diretor financeiro corintiano:

'Não há chance de fechar 2015 no azul. Se mantiver esses R$ 30 milhões negativos, já estarei satisfeito', Emerson Piovesan

– A partir de janeiro teremos novos parceiros. Estamos fechando, mas não sei nomes e valores. Só sei que pagarão valores mais altos que os atuais – comentou Piovesan.

- Bate-bola com Emerson Piovesan, diretor financeiro do Timão:

O orçamento de 2016 já está pronto? A previsão é de continuar no vermelho ou dá para melhorar?

Isso será fechado em dezembro. Vamos tentar zerar, sem prever déficit ou superávit. Mas é possível fechar no azul, sim. Se isso acontecer, ótimo!

O que leva a crer que será possível ter um resultado positivo?

Teremos mais receitas, receberemos mais da TV e devemos aumentar o valor dos patrocínios em função da campanha deste ano e da disputa da Libertadores em 2016. Temos mais sócios-torcedores, novos itens licenciados... isso faz com que a gente fique otimista para o ano que vem.

Será preciso vender jogadores?

No orçamento não estipulamos grandes valores de receita de venda de jogador, porque é algo muito instável. E não temos interesse em vender atletas, mas sim preservar o elenco para disputar títulos.

A crise do país afeta o clube?

Sim, preocupa. Tudo está ligado. Uma empresa que pagava dez de patrocínio só aceita pagar cinco, por exemplo.

E a alta do dólar, o que muda?

Nós só temos o contrato da Nike em dólar, isso até ajudou, não vou dizer que não. Só que por outro lado atrapalha nos compromissos de pagamento em moeda estrangeira, mas estes são poucos.

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