Análise: contra o Atlético-GO, Corinthians de Sylvinho conflitou ideia de jogo e postura em campo

Treinador coritiano escalou o time sem centroavante, mas dentro das quatro linhas os jogadores abusaram de cruzamentos à área adversária

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No seu segundo jogo comandando o Corinthians, o técnico Sylvinho novamente escalou o time sem centroavantes, algo, em tese, positivo, vide as más atuações de Jô nas mãos do ex-treinador, Vagner Mancini.

Contudo, a estratégia tática colocada em campo pelo comandante corintiano foi de encontro com a postura do clube durante o jogo.

Não dá para se tirar os méritos do Atlético-GO, que em 20 minutos de jogo garantiu o resultado, abusando do seu forte lado direito ofensivo, e após fazer o 2 a 0 rapidamente, ficou confortável no seu setor de defesa.

Mas, daí o Timão abusar de cruzamentos sem ter um homem de referência é um conflito entre estratégia e ação.

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Por isso, mesmo sendo o início do trabalho de Sylvinho à frente do Timão, não podemos deixar de criticar essa má leitura que o seu time fez dos momentos da partida, ainda mais sendo esses abusos de bolas alçadas a área acontecendo no segundo tempo, após o treinador tentar um ajuste técnico do time, sem promover alterações.

Além disso, a defesa corintiana foi lastimável contra o Dragão. Gil não vinha de boas atuações, havia perdido espaço nos últimos jogos de Vagner Mancini pelo Corinthians, mas foi realocado à titularidade por Sylvinho. Mas somando a má fase, a idade e a falta de ritmo, o camisa 4, de grandes serviços prestados à instituição e um passado não tão distante está abaixo, no momento, de João Victor, que vinha atuando bem.

Contra o Atlético-GO, até mesmo Raul, que vem de grandes apresentações recentes foi muito mal. Falha de cobertura no primeiro gol, junto com Gil, e um erro crucial na saída de bola que culminou no segundo tempo atleticano.

Na etapa final, a defensiva do Timão até esboçou melhora, mas também foi responsável por novas falhas, que não resultarem em gol por conta de uma boa defesa de Cássio, em um lance onde Paablo Dyego entrou como quis na área corintiana, e no lance seguinte deixando um atleta atleticano subir sozinho e cabecear na trave.

Para um treinador que, como disse em coletiva, preza pelo equilíbrio, o início de trabalho será de trabalho para ajustar todos os setores do time.

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