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ANÁLISE: derrota no Dérbi deixa recado ao Corinthians por sequência de trabalho

Vitória palmeirense no clássico diz muito mais sobre a qualidade alviverde, com elenco que joga junto há dois anos, do que ineficiência corintiana

Gil - Corinthians
imagem cameraGil foi o pior jogador do Corinthians em campo no Dérbi (Foto: Rodrigo Coca/Ag.Corinthians)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 18/03/2022
00:48
Atualizado em 18/03/2022
09:18

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O Palmeiras foi melhor que o Corinthians no Dérbi, e a vitória por 1 a 0 dos palmeirenses no Allianz Parque, nesta quinta-feira (17), pela sexta rodada do Paulistão diz muito mais sobre o que a equipe alviverde fez, do que o que o Timão não fez. 

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Foi somente o terceiro jogo do time alvinegro sob o comando de Vítor Pereira, duas derrotas, ambas em clássico, e um vitória. Mas o triunfo diante da Ponte Preta empolgou, o clube mostrou credenciais em campo que há tempos não tinha. Foi um time intenso, agressivo. Já havia sido assim no clássico contra o São Paulo, onde o Time do Povo sofreu o gol da derrota no primeiro minuto de jogo e agrediu o Tricolor até o fim da partida, mesmo sem ter tido êxito de colocar a bola na rede. 

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O revés para o Palmeiras foi o placar de uma equipe que joga junta há dois anos, com uma base muito sólida e que impôs o seu jogo, contra o um adversário com menos de um mês de trabalho. 

Não há terra arrasada para o lado corintiano, que no segundo tempo chegou até a controlar as ações durante um período do jogo. 

As críticas pela derrota vão mais em pontos individuais do que coletivo. O zagueiro Gil falhou nos dois gols do Palmeiras, e o lateral-esquerdo Lucas Piton tomou um baile de Dudu. 

Um atleta extremamente experiente, outro um garoto no seu início de trajetória profissional. Caberá a Vítor Pereira e a sua comissão técnica trabalhar esses problemas com os dois jogadores. 

No primeiro gol do Palmeiras, Gil assume o risco de cometer o pênalti, que é originado em lance duvidoso, com Danilo forçando demais a queda, mas que um atleta do gabarito do camisa 4 corintiano não pode se deixar levar. O defensor do Timão levou a mão ao ombro do meia palmeirense, e a partir dali qualquer queda do palestrino seria o suficiente para deixar o lance em aberto, como foi. 

No segundo gol do clube alviverde, Gil vê o mesmo Danilo se projetar em direção da bola para completar o rebote de Cássio e ficou parado, sem acompanhar o camisa 28 do Palmeiras e tentar minimamente atrapalhar o lance. 

Em relação a Piton, a atuação no Dérbi pode trazer reflexões mais profundas do que a de Gil, isso porque o Timão tem uma temporada de objetivos grandes, como a Copa Libertadores, e não pode correr o risco do seu lateral-esquerdo comprometer tanto em partidas decisivas como foi neste do duelo contra o Palmeiras, que, ainda que seja um clássico de magnitude gigantesca, não tinha valor classificatório, com as duas equipes já tendo entrado em campo com a classificação e liderança dos seus grupos. 

De toda forma, o Corinthians tem um trabalho que aparenta ser muito promissor, e viu na derrota contra o Palmeiras a importância da sequência. É claro que no futebol brasileiro há o imediatismo em relação aos resultados, mas o Timão tem o exemplo do que ser feito quando olha para o arquirrival. 

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