ANÁLISE: Derrota no Dérbi mostra que Corinthians tem muito a evoluir em pouco tempo
Timão foi dominado do começo ao fim pelo Palmeiras em atuação para esquecer no Brasileirão
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No final de semana em que o Corinthians fechou a comunicação com sua torcida e imprensa, em campanha para combater a violência no futebol e as fake news, o clube sofreu uma de suas piores derrotas na temporada, ao ser derrotado por 3 a 0 para o Palmeiras no Brasileirão.
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A escalação de Vítor Pereira, deixando Fagner, Renato Augusto e Willian no banco de reservas, foi um claro indício de que o foco do treinador está no duelo contra o Boca Juniors pela Libertadores, e o técnico errou no cálculo dos efeitos que uma derrota em um Dérbi podem causar.
Apesar de nomes de peso estarem no banco de reservas, e Cássio ter se tornado ausência após sentir sintomas gripais durante o aquecimento, o Timão tinha plenas condições de fazer um jogo competitivo, já que na teoria, teria um time mais leve e rápido em relação ao que vinha utilizando.
Mas o duelo contra o Palmeiras provou que o rival está à frente não apenas na organização tática, como física e mentalmente. O que se viu na Arena Barueri foi uma dominância alviverde. Os mandantes souberam explorar as fragilidades na bola aérea do Timão e marcaram dois gols idênticos em escanteios em um intervalo de quatro minutos.
Jogadores como Donelli, Piton, João Victor, Raul Gustavo, Rafael Ramos deram claros sinais de nervosismo ao longo da partida, errando movimentos defensivos e tentando decidir a qualquer custo.
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No meio-campo, Du Queiroz e Maycon não conseguiram neutralizar a movimentação entrelinhas do Verdão, mas quem destoou no setor foi Paulinho. O camisa 15 voltou a dar sinais de cansaço, tendo dificuldades para realizar a pressão pós-perda, e mostrando mais uma vez não ser o jogador associativo que o Timão precisava.
Apesar do zero no placar, o setor ofensivo foi o menor dos culpados na catastrófica atuação. Júnior Moraes quase não foi acionado, Róger Guedes e Mantuan tentaram, buscaram jogo, mas o time não conseguia acompanhá-los.
Na segunda etapa, Vítor Pereira tentou corrigir alguns de seus erros, colocando Renato Augusto logo após o intervalo, e na metade do segundo tempo, Adson, Willian e Jô.
No entanto, com a vantagem de dois gols, o Verdão passou a jogar no melhor "estilo Abel Ferreira", dando a bola e campo para o alvinegro paulista trabalhar. E se tem um time no Brasil que entende e executa com perfeição as instruções do seu treinador é o Palmeiras.
Dessa forma, o Corinthians controlava a posse, mas não oferecia perigo algum a Weverton, já que o meio-campo e o apoio dos defensores foi nulo durante boa parte da partida. O gol de Dudu, com João Vitor perdendo a bola no ataque, Piton mal posicionado e Raul Gustavo facilmente driblado, ilustrou bem a bagunça do time.
Vítor Pereira fez escolhas questionáveis para o clássico, aumentando (se é que era possível) o peso para o duelo contra o Boca Juniors. Com poucos dias até o duelo contra o Boca, Vítor vai precisar de muita conversa para consertar os erros apresentados por sua equipe.
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